DATA: 22/06/2018

HORA: 14:00
LOCAL: Sala 001 - Prédio Orlando Cassique - Campus Cametá-UFPA
TÍTULO:

Nos Rios, entre Lançantes e Vazantes: Identidade e Trabalho das Mulheres da Pesca em Cametá/PA.


PALAVRAS-CHAVES:

Identidade. Trabalho. Mulheres Pescadoras. Trabalhadoras da Pesca.


PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta dissertação aborda a relação entre identidade e trabalho, analisando o trabalho desempenhado pelas mulheres na pesca artesanal como elemento potencializador da identidade de trabalhadoras da pesca. Trata da identidade cultural e profissional das pescadoras buscando valorizar o trabalho feminino na pesca como valor de uso. Refere-se a uma pesquisa de cunho qualitativo, do tipo estudo de caso, junto as pescadoras artesanais associadas a Colônia de Pescadores Z-16, de Cametá, estado do Pará. Para a coleta de dados utilizou-se como metodologia a história oral com gravação de entrevistas com as pescadoras da Ilha do Jorocazinho de Cima sobre o trabalho e o cotidiano na pesca e a relação com a entidade representativa; de análise de documentos e de observação participante, usando a análise de conteúdo para produção dos resultados. Como fundamentação teórica da pesquisa buscamos em Dubar (2009), Bogo (2010), Frigotto (2002), Marx (1985), Marx e Engels (2002), dentre outros, pressupostos teóricos para a compreensão do trabalho como elemento que viabiliza construções identitárias. O problema principal da investigação era conhecer como o trabalho desempenhado na pesca artesanal pelas mulheres pescadoras associadas a Colônia Z-16 possibilita a construção da identidade de trabalhadoras da pesca. A pesquisa revelou primeiro, que mulheres pescadoras denota uma identidade cultural; segundo, que trabalhadoras da pesca refere-se a uma identidade profissional quando o Estado subordina a pesca artesanal ao capital, mas que de maneira alguma estão desintegradas. O trabalho, assim como outros elementos que são produtos da relação com a natureza e relações sociais possibilitam formas sociais de identificação que são compartilhados entre as mulheres ribeirinhas e pescadoras. O materialismo histórico, pressuposto marxista, permite observar a materialidade dos elementos sociais de identificação na cultura ribeirinha. Logo, mulheres pescadoras são ribeirinhas que exercem o trabalho na pesca artesanal para fins principalmente de subsistência, mas quando o Estado subordina o trabalho na pesca ao valor de troca desqualifica o trabalho feminino e fragiliza a identidade das mulheres ribeirinhas e pescadoras como trabalhadoras da pesca.


MEMBROS DA BANCA: 
Externo à Instituição - ANDREA SILVA DOMINGUES
Externo ao Programa - 2387625 - ANNA MARIA ALVES LINHARES
Presidente - 1669289 - FRANCIVALDO ALVES NUNES
Interno - 2217639 - MARA RITA DUARTE DE OLIVEIRA

Banca de DEFESA: MARIANELA LAURA QUISBERT

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 
DISCENTE: MARIANELA LAURA QUISBERT
DATA: 27/04/2018
HORA: 09:30
LOCAL: SALA 001 - PREDIO ORLANDO CASSIQUE - CUNTINS
TÍTULO:

JOVENS DO NORTE INTERAGINDO COM JOVENS DO SUL DO BRASIL: Um diálogo de saberes ambientais por meio do Facebook


PALAVRAS-CHAVES:

Dialogo de saberes, Saber ambiental, Educomunicação, Mídia Social Facebook, Jovens de Brasil.


PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Na atualidade, existe a necessidade de refletir acerca da concepção de uma Comunidade Virtual por meio de uma Mídia Social, como o Facebook, e as interações digitais da juventude. Nesta pesquisa, se propõe um espaço virtual que possivelmente gere um diálogo de Saberes Ambientais entre estudantes jovens de quatro escolas de regiões geograficamente diferentes, dois da Região Norte e dois da Região Sul do Brasil. A hipótese a ser confirmada ou refutada após análise dos indicadores de diálogo, consiste na afirmação da possibilidade de diálogos construtores de saberes por meio de uma mídia social a partir de uma concepção Educomunicativa e Biorriozomática. Neste contexto, se identifica e se avalia quais serão as contribuições que podem surgir a partir da interação para fundamentar uma proposta de sensibilização ambiental da juventude para o respeito ao seu Meio Ambiente, o que se traduz também num respeito entre eles e uma valorização de suas culturas, para isto usando o acesso e o interesse da juventude sobre as redes sociais na internet. O referencial teórico é enriquecido por um dialogo, na perspectiva pluralista com base freireana, entre diversos autores que auxiliam a consolidar o pensamento e posição da questão tecnológica na educação como: VIERIA PINTO (2005), SANTAELLA, LEVI, CASTELLS, SIBILA, DELUEZE E HEIDEGGER. Os jovens dialogam, criando com sua participação num espaço que propicia a convivência segura na diversidade dentro de um ambiente digital oferecido pela tecnologia. Neste processo, se propõe aos jovens um diálogo de sentidos e saberes de coletividade no princípio da complementaridade de práticas ambientais (LEFF, 2013). A partir de alguns indicadores de diálogo como: a ocorrência de eventos de igualdade e empatia dentro do grupo (YANCHELOVICH, 2001), a necessidade de horizontalidade (BUBER, 1979; FREIRE, 1987) e as quatro habilidades a ser desenvolvidas nos jovens como aprender a falar, a ouvir, a suspender os pressupostos e a respeitar (ISAACS, 1999); se realiza uma análise de conteúdo dos comentários que provocaram as interações dos jovens com e sem intervenção. O resultado desta análise permite a confirmação ou não da hipótese proposta e este movimento traz consigo a possibilidade de refletir o que se gerou nos jovens neste intento de diálogo. Dentro dos parâmetros de exigidos pela metodologia da pesquisa ação (THIOLLENT,) e a técnica de analises de conteúdo dos dados coletados (FRANCO,) se chegam a resultados e conclusões que se divulgaram nas escolas participantes para poder refletir sob o dialogado e ser fonte de futuras experiências.


MEMBROS DA BANCA: 
Externo à Instituição - Ana Maria Hoepers Preve
Presidente - 1808826 - Ariel Felman
Interno - 1769360 - Maria Sueli Correa dos Prazeres

Banca de DEFESA: Darcielly da Silva Cardoso

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: Darcielly da Silva Cardoso

Data: 27/04/2018

Hora: 15:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

A CAPOEIRA FAZ PARTE DA VIDA, EU APRENDI A TER EDUCAÇÃO”: O EXERCÍCIO DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A PARTILHA DE SABERES CULTURAIS COM A COMUNIDADE ESCOLAR CAMETAENSE

Palavras-Chaves:

Capoeira, Educação Popular e Inclusão 

Páginas: 150

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

O trabalho tratada do sentido de educação presente na prática da capoeira, que a torna um ambiente que produz saberes, como: oralidade, coletividade, inclusão e memória, elementos educativos pautados em valores da cultura popular, tendo como objetivo analisar as tensões e saberes que brotam do diálogo com o espaço escolar cametaense. Investigando como o coletivo de capoeiristas que atuam no pólo de capoeira Escola Arte, membros da Associação de Capoeira Senzala, na zona urbana do Município de Cametá-PA, contribuem para a formação cultural e educativa de crianças e jovens, considerando os contextos de suas ações no cotidiano escolar, relações familiares, isto é, a partilha dos saberes presente na prática com outros espaços da comunidade (praças, universidade, espaços escolares) deste Município. Optou-se pelo recorte escolar, destacando o diálogo com a escola EMEF Prof.ª. Maria Nadir Filgueira Valente, tornou-se um pólo extra de suas atividades com ensino da capoeira. Na perspectiva de analisar o discurso (oralidade) dos capoeiristas para entender as motivações, os resultados desta parceria, os interesses e tensões que surgiram por ambas partes. Caminhou-se com auxilio teórico em estudos como de: CANCLINI (2008), HALL (1997), BURKE (1992), CHAKRABARTY (2000), que refletem a experiências da cultura popular. O estudo é qualitativo com o apoio na antropologia cultural GEERTZ (2012), GINZBURG (1989), no fazer antropológico, “o paradigma indiciário” e a “descrição densa”. Usando o método observação participante, BANDÃO (1986), POGLIA (2001) e SILVA (2001), apresentam o pesquisador (a) como participante das ações dentro do grupo pesquisado com menor ou maior intensidade como observador e mediador. A metodologia pautou-se no uso da História Oral e a técnica de entrevistas em THOMPSON (1992) e PORTELLI (1997), na coleta de narrativas dos capoeristas, instrutores, aprendizes e pais dos alunos. Utilizou-se outros tipos de fontes como projetos de capoeira elaborados pelos informantes para dialogar com espaço escolar, e registros fotográficos, MAUAD (1996) e BORGES (2008).  Assim como, se dialogou com REIS (2000), LIBERAC (2004), SALLES (2004), OZANAM (2013), CUNHA (2011), LEAL (2008), DIAS (2004), SOARES (2005), OLIVEIRA (2004), DIAS (2004), ABIB (2004), CAMPOS (2009), ARAÚJO (2015), autores que abordam a capoeira como uma prática educacional e cultural. Os resultados deste estudo evidenciam que a capoeira é vista no espaço escolar apenas como uma ação passageira, embora, haja o diálogo, não se leva consideração os laços e as relações que se constroem entre quem ensina e quem aprende, ou mesmo o significado de coletivo que se forma a partir dos valores culturais que essa manifestação revela aos seus praticantes por meio do vivenciar, acrescentando algo sempre novo para a ser partilhado e apreendido coletivamente, não se tratou de um ensino pronto e acabado, e sim, uma forma continua de aprendizado que possui educação e inclusão. Mesmo diante das tensões os capoeiristas do pólo de capoeira Escola Arte procuram manter diálogo com os espaços de ensino e com a própria comunidade cametaense, atuando como agentes culturais e educadores, na divulgação e fortalecimento dos laços com a cultura negra no cenário cametaense.

  

Membros da Banca: 

Externo ao Programa - Josivaldo Pires de Oliveira
Presidente - 2524613 - Benedita Celeste de Moraes Pinto
Interno - 2425811 - Luiz Augusto Pinheiro Leal
 

Banca de DEFESA: Vicente de Paulo Ribeiro Estumano

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: EVicente de Paulo Ribeiro Estumano

Data: 30/04/2018

Hora: 16:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

VIOLÊNCIA SIMBÓLICA NO CONTEXTO ESCOLAR: Implicações Psicossociais 

Palavras-Chaves:

Violência Simbólica; Pierre Bourdieu; Relação de Poder 

Páginas: 82

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

O Sistema de Ensino é visto pela sociedade como uma das alternativas de enfrentamento para a diminuição das desigualdades sociais, porém existe nele barreiras que dificultam o alcance dos seus reais objetivos, obstáculos que impedem o sucesso de grande parte dos estudantes que constituem esse sistema no Brasil. Nesse sentido, o sociólogo francês Pierre Bourdieu, principal referencial teórico dessa pesquisa, a partir dos estudos do sistema de ensino francês, buscou investigar quais seriam esses impecílios e revelou que, ao contrário do que se pensa, a escola funciona como um instrumento de reprodução das desigualdades sociais, através da imposição cultural de uma cultura dominante sobre uma cultura dominada, e que traz consequências negativas  para a vida dos estudantes. Dessa forma, o autor verificou que nesse processo existe uma violência tanto ou mais prejudicial quanto outros tipos de violências, a qual passou a chamar de Violência Simbólica. Na mesma direção, a presente pesquisa busca investigar quais os impactos psicossociais da violência simbólica na vida dos estudantes de uma escola municipal no centro da cidade do Município de Cametá/Pa. Para isso, definiu-se como objetivo geral do estudo, problematizar a violência simbólica no contexto escolar e seus impactos psicossociais na vida dos estudantes, e os objetivos específicos foram no sentido de discutir as relações de poder e os conflitos nas instituições escolares; verificar situações que evidenciam violência simbólica no contexto escolar e a percepção dos alunos envolvidos; refletir sobre os impactos psicossociais provocados pela violência simbólica na vida dos alunos; identificar ações pedagógicas que influenciam e combatem a violência simbólica. O estudo foi desenvolvido com 06 alunos, escolhidos de forma aleatória, das séries do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental da referida escola. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, onde utilizou-se técnica de entrevista semi-estruturada para coleta de dados. Os dados foram analisados através das categorias Relação de poder entre os alunos no espaço escolar, esta foi dividida em duas subcategorias: a relação do poder do ponto de vista da linguagem, onde identificou-se nas respostas uma significativa diferença de tratamento entre os alunos nas relações que se estabelecem no espaço escolar pesquisado, constatou-se situações de correções, brincadeiras de mal gosto, ou comportamentos não verbais. Como impactos psicossociais produzidos por essas situações relatadas, identificou-se a presença de reações emocionais, através de sentimentos negativos, como tristeza, raiva, baixa autoestima, nervosismo, inferioridade, principalmente na correção do modo de falar dos alunos. Já na relação de poder do ponto de vista geográfico, foi constatado uma luta de força característica dos campos, onde os alunos advindos de outros lugares, como ilhas, vilas e estradas, enfrentaram certa rejeição, dificuldades no acolhimento por outros alunos. Na categoria, Violência Simbólica do sistema de ensino, a (re)produção no contexto pesquisado, verificou-se que na realização dos eventos os alunos não se sentiram integralmente contemplados e valorizados culturalmente na escola, estes relataram uma postura de ambiguidade e que provocaram consequências negativas nos aspectos psicossociais.

  

Membros da Banca: 

Externo ao Programa - 1256459 - Airle Miranda de Souza
Presidente - 2353907 - Cezar Luis Seibt
Interno - 2299112 - José Valdinei Albuquerque Miranda

 

Banca de DEFESA: Elielma do Socorro Lobo dos Santos

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: Elielma do Socorro Lobo dos Santos

Data: 16/04/2018

Hora: 18:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

MICROPOLÍTICA DA DIFERENÇA E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES DE GÊNERO: Pistas Cartográficas do Movimento LGBT de Igarapé-Miri/PA.

Palavras-Chaves:

Micropolítica da diferença. Educação. LGBT. Lutas coletivas.

Páginas: 60

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

O estudo intitulado Micropolítica da diferença e educação para as relações de gênero: pistas cartográficas do Movimento LGBT de Igarapé-Miri/PA, tem por objetivo analisar os processos de construção do movimento LGBT de Igarapé-Miri/PA, enfatizando suas ações e alianças produzidas a partir de uma micropolítica da diferença. Com Deleuze e Guattari (1996) discute as ações socioeducativas do movimento LGBT na perspectiva da Micropolítica, articulada aos conceitos de Multiplicidade, Agenciamento coletivo, Segmentaridade Molar e Molecular e Devir. O esforço investigativo centra-se em descrever as condições de emergência do movimento, marcada por lutas de resistência e enfrentamentos relativos às questões de Gênero e Sexualidade. Em seu aspecto metodológico a pesquisa utiliza-se das pistas do método cartográfico para observação de campo e acompanhamento de processos e análise processual da pesquisa. Desse modo, cartografamos encontros, cenários, diálogos e debates, percursos de lutas coletivas do movimento e suas formas de atuação política e aproximação com as escolas. Dentre os principais autores-interlocutores a pesquisa dialoga com Michel Foucault (1984, 1988), Gilles Deleuze e Fellix Guattari (1996, 2010), Judith Butler (2003; 2008), Guacira Louro (2000) entre outros. Em seus desdobramentos para o campo educacional, os resultados da pesquisa nos permitem pensar uma educação para as relações de gênero construída através das ações socioeducativas desenvolvidas pelo movimento LGBT de Igarapé-Miri/PA no interior das escolas de educação básica. Por fim, busca-se mostrar as linhas de capturas e as linhas de fuga que envolvem o Movimento, destacando um modo de aprender-educar transgressor que se faz por meio da liberdade, coragem e micro-resistências dos sujeitos LGBT inscritas nas ações do Movimento e suas intervenções no espaço escolar.

  

Membros da Banca: 

Presidente - 2299112 - José Valdinei Albuquerque Miranda
Interno - 2298298 - Gilcilene Dias da Costa
Externo à Instituição - Lucélia de Moraes Braga Bassálo
Externo ao Programa -  1152667 - Josenilda Maria Maues da Silva

Banca de DEFESA: Regiane Farias Neves

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: Regiane Farias Neves

Data: 16/04/2018

Hora: 15:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

TRAMAS DA SEXUALIDADE EM ANTÔNIA CUDEFACHO: Educação, micropolíticas e resistências.

Palavras-Chaves:

Sexualidade. Educação. Micropolíticas. Devir. Antônia Cudefacho.

Páginas: 115

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

A pesquisa tece um estudo em torno das tramas da sexualidade que perpassaram a trajetória de Antônia Cudefacho, mulher prostituta e personagem-sujeito cametaense da década de 1950, a qual foi inscrita e ficcionalizada por meio da narrativa literária “Antônia Cudefacho” do escritor cametaense Salomão Larêdo e publicada em 2006. As construções discursivas da sexualidade e as narrativas literárias estão predispostas nesta pesquisa dentro da abordagem arqueogenealógica de Michel Foucault (1996), (1999), (2004), (2008), (2015), assim como, estabelecem um fecundo diálogo entre os estudos da história da sexualidade e o campo feminista, pós-feminista e teoria queer com Butler (2016), Miskolci (2015), Rago (2008), (2013), Britzman (2000), Louro (2000), (2004); e ainda, Del Priore (2011); Deleuze e Guattari (1995), (1997). Essa movimentação teórica propiciou um olhar problematizador aos cenários discursivos, sociais e literários que enredaram as tramas da personagem-sujeito Antônia Cudefacho, em meio às micropolíticas de poder e resistência, engendrando valores, modos de vida e de educação, ao movimentar-se no território de uma “cultura heteronormativa compulsória e falocêntrica”, como afirma Rago (2013). Desse modo, a pesquisa articula alguns questionamentos: Como pensar as tramas da sexualidade que enredam a narrativa literária e de vida de Antônia Cudefacho? Como analisar os enunciados de gênero que reverberam dessas tramas de poder e resistências, através dos tempos e que participação exercem na construção de valores morais e modos de educação frente à sexualidade vista como desviante? A construção metodológica da pesquisa baseia-se na arqueogenealogia foucaultiana entrelaçada às análises da narrativa literária e aos depoimentos de doze interlocutores cametaenses conhecedores da vida de Antônia Cudefacho, de variadas idades e composições sociais, que auxiliaram a traçar uma analítica das microesferas do poder, tabus e transgressões que perpassaram as tramas da sexualidade de Antônia Cudefacho, no intuito de observarmos essa movimentação entre uma educação do passado e do presente e pensarmos sobre como o sujeito da sexualidade se constitui em meio às teias de poder e resistência. Por meio das análises da pesquisa, percebemos que essas tramas da sexualidade se constituem enviesadas nas micropolíticas de poder e resistências que configuraram os valores morais e as normas hegemônicas instituídas na sociedade cametaense de sua época, sendo tramas constituídas por normas, tabus, rótulos, exclusões, mas também, devires, resistências, transgressões que atravessam a temporalidade presente e nos levam a pensar a sexualidade por outras perspectivas. Em âmbito acadêmico e social, a pesquisa desafia-se a pensar a sexualidade na educação na perspectiva da diferença, aliada aos estudos (pós)feministas e teoria queer, sendo capaz de tensionar os (pré)conceitos forjados dentro dos parâmetros heteronormativos que engendram a sexualidade, o sexo, o gênero, o corpo normalizado, bem como, o modo de vivenciar as sexualidades diferentes, geralmente vistas como marginais e desviantes, visa, ainda, contribuir para a abertura de espaços socioeducativos plurais em consideração à liberdade de viver a sexualidade e suas diferenças para além dos códigos normalizadores instituídos na sociedade de antes e de hoje.

  

Membros da Banca: 

Presidente - 2298298 - Gilcilene Dias da Costa
Interno - 2299112 - José Valdinei Albuquerque Miranda
Externo à Instituição - Lucélia de Moraes Braga Bassálo
Externo ao Programa -  1152667 - Josenilda Maria Maues da Silva

Banca de DEFESA: Jessé Pinto Campos

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: Jessé Pinto Campos

Data: 27/03/2018

Hora: 18:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

A LEITURA POR VIR: Melodias poéticas do aprender-ensinar nas travessias do texto-leitor.

Palavras-Chaves:

Leitura; por vir; devoração; experiência literária; aprender-ensinar.

Páginas: 60

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

A leitura e o por vir são as melodias de devoração tecidas no ensaio desta escrita. As melodias por vir, o canto das sereias, os ritos canibais, os abismos, as transfigurações, a experiência literária, a poesia... ressonam travessias do texto-leitor. Um sorriso afável. A potência da tempestade. A força e a leveza do vento. O mar e suas profundezas e marés. As melodias inauditas devoram o leitor e os sentidos da leitura, deixando em aberto a palavra literária nas melodias do aprender-ensinar. Um canto por vir e um abismo sedento por transfiguração e devoração. O ímpeto devorador é o motor da travessia. A leitura por vir navega na desterritorialização de sentidos usuais do texto-leitor, entoa um canto por uma leitura primitiva da entrega e da liberdade, uma navegação à deriva, sem rumo e no rumor da superfície da palavra literária e suas profundezas. A leitura por vir escorrega nos abismos, transfiguração e devoração do livro por movimentos de devires, incompletudes, vivências, afecções, (des)encontros do texto-leitor. A leitura por vir experimenta a desterritorialização do espaço literário e dança na liberdade da palavra e do silêncio onde encontra a poesia, e na poesia abraça outro aprender-ensinar na criação. As leituras contidas nos ensaios que compõem a escrita-experimento se deslocam por platôs rizomáticos (Deleuze e Guattari) engendrados por caminhos singulares, ensaios livres, onde se enseja navegar na aventura de uma leitura por vir, como em Blanchot A conversa infinita: a ausência do livro (2010), O Espaço Literário (2011), O livro por vir (2013) e entre outras melodias, como em Nietzsche (2011, 2012), Foucault (2009), Proust (2011, 2012, 2013), Costa (2008, 2016), Skliar (2014). Na travessia, uma leitura por vir arrisca se delinear nesta escrita-experimento que se avizinha com a filosofia, a literatura e a educação, em vertigens de criação estética e deleite inquietante da palavra literária em mundos ‘(des)dobrados’ em melodias poéticas do aprender-ensinar nas travessias do texto-leitor. O pouso da leitura por vir dança a melodia poética do texto-leitor em movimentos do devir, por cantos enigmáticos das sereias, da devoração e dos abismos da imaginação criadora, a poesia.

  

Membros da Banca: 

Presidente - 2298298 - Gilcilene Dias da Costa
Interno - 2299112 - José Valdinei Albuquerque Miranda
Externo à Instituição - Karine Dias Coutinho
Externo ao Programa - 2190652 - Luís Heleno Montoril Del Castilo

Banca de DEFESA: Gilma Guimarães Lisboa

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: Gilma Guimarães Lisboa

Data: 27/03/2018

Hora: 15:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

PELAS MÃOS DE CLARICE: o desabrochar da experiência literária na sala de leitura Clarice Lispector.

Palavras-Chaves:

Leitura; Experiência; Literatura; Escola Básica; Clarice Lispector.

Páginas: 120

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

Nesta pesquisa o propósito principal foi analisar experiências de leitura literária com estudantes frequentadores da Sala de Leitura Clarice Lispector da Escola Estadual de Ensino Médio Simão Abraão Jatene, na cidade de Cametá-PA. Especificamente buscou-se construir pontes e experiências de sentidos entre os leitores e o universo literário; cartografar os processos das experiências de leituras literárias nas atividades leitoras dos alunos e analisar as ressonâncias da leitura do texto clariceano às experiências formativas desses leitores. Para o desenvolvimento deste estudo articulou-se, especialmente, os conceitos de leitura, experiência e sentido, a partir de Jorge Larrosa em “Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas” (2000), “Linguagem e educação depois de Babel” (2004) e “Tremores” (2015), entrelaçados ao universo literário clariceano. A pesquisa baseou-se nas pistas do método da cartografia na perspectiva de Deleuze e Guattari, por meio da obra “Mil Platôs” (1995), e de Passos, Kastrup, Tedesco e Escóssia por meio das obras “Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade” (2015) e “Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum” (2016). Nesse processo teórico-prático, o resultado da investigação demonstrou que o encontro do leitor com a potência das obras de Clarice provocou uma abertura à palavra literária, por processos subjetivos e artísticos. As obras clariceanas ganharam vida ao serem lidas para e pelos alunos naquele espaço. Ao apresentar Clarice através de documentários, curta metragens, leituras de obras, apresentações teatrais, ensaios, performances e recitações de textos, a Sala de Leitura foi sendo povoada literariamente para além de sua função instrumental. Neste ínterim, as atividades realizadas neste cenário poético, entre outros propósitos, desenvolveram estratégias de ensino, de reflexão, de produção de subjetividades, que buscou um encontro da escritora com o leitor, da obra com a descoberta do mundo, que às vezes passa pelo despertar subjetivo conectado ao mundo exterior do aluno. Percebeu-se que as estratégias cartográficas da pesquisa - realizadas nos segundos semestres dos anos 2016 e 2017 -  propiciaram a exposição de temas que despertaram nos alunos o prazer pela leitura, o pensar, a descoberta do inusitado, o drama existencial que afeta qualquer ser humano. Na reflexão decorrente das atividades de leitura e interação por meio de conversas, os leitores destacaram um movimento vivo de dor, de alegria, de vivências pessoais que os remeteram a uma busca de sentidos de si mesmos em relação ao outro e ao mundo.  Clarice passou da estrangeira que apenas nomeava a sala de leitura a fazer parte do universo literário dos estudantes, compartilhando inquietudes, angústias, sonhos, ressonâncias poéticas, desejos e descobertas que provocaram no leitor sensações múltiplas e múltiplos pensares. O desafio das ações realizado na Sala de Leitura era permitir que a leitura literária ressoasse em cada leitor. Apresentar Clarice aos alunos foi instigador, pois mesmo existindo uma Sala de Leitura com nome dela, não era povoada poeticamente, assumindo apenas a função de um espaço para leituras esporádicas, consulta ou passatempo, não visava o desabrochar para a literatura.

  

Membros da Banca: 

Presidente - 2298298 - Gilcilene Dias da Costa
Interno - 2299112 - José Valdinei Albuquerque Miranda
Externo à Instituição - Josebel Akel Fares
Externo ao Programa - 2190652 - Luís Heleno Montoril Del Castilo

Banca de DEFESA: Marcelo Barros Capela

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: Marcelo Barros Capela

Data: 26/04/2018

Hora: 15:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

POLITICA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: Implicações do IDEB para a qualidade do ensino na EMEF Profª. Maria Nadir Valente, Cametá/PA

Palavras-Chaves:

IDEB; Qualidade de ensino; descentralização; regulação.

Páginas: 233

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

O presente trabalho, intitulado “Politica de Avaliação da Educação Básica: Implicações do IDEB para a qualidade do ensino na EMEF Profª. Maria Nadir Valente, Cametá/PA”, teve por objetivo analisar a política de avaliação da Educação Básica, tomando o IDEB como parâmetro a partir de seus pressupostos e suas implicações para a qualidade do ensino na EMEF Profª Mª Nadir Filgueira Valente em Cametá/Pa. Situamos o objeto sob as orientações decorrentes das reformas aprofundadas nos anos de 1990, cujas mudanças nas políticas públicas centralizaram-se na gestão com implicações no âmbito das secretarias de educação e consequentemente para o interior das escolas. Ao focalizar o IDEB enquanto parâmetro de qualidade nas orientações oficiais propõe-se a analisar as ações político-pedagógicas da escola na confluência das orientações da Secretaria Municipal de Educação de Cametá sobre o uso do IDEB nas ações da escola frente às exigências de melhoria dos índices educacionais, considerando as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE). O recorte histórico do estudo corresponde ao período de 2007 a 2015, tendo em vista a origem do IDEB e as edições de avaliação externa do ensino fundamental que compunha o IDEB nesse período. A pesquisa orientou-se pela abordagem qualitativa, tendo como técnicas de coleta de dados além da revisão da literatura, a análise documental e entrevista semiestruturada aplicada para os técnicos de educação da Secretaria Municipal de Educação de Cametá e para os sujeitos docentes, administrativo (gestores) e técnico (coordenador pedagógico) da escola que elegemos para a amostragem de alguns dados. A análise fundamenta-se no materialismo histórico-dialético, considerando a pertinência ao fenômeno educacional que constitui nosso objeto. Essa perspectiva de análise enseja uma interpretação pautada pelos princípios de: mediação, contradição, totalidade e historicidade, configurando-se no estudo das categorias de modo contextualizado. Dentre os autores que balizam o texto podemos destacar Abrúcio (1997), Araújo e Castro (2011), Arroyo (2002), Ball (2012), Barroso (2005), Banomino e Sousa (2012), Cassassus (2001; 2013), Chirinéa (2016), Chirinéa e Brandão (2015), Coutinho (2012), Cocco & Sudbrack (2012), Cury (1986), Dourado, Oliveira e Santos (2007), Dourado e Oliveira (2009), Fonseca (2009), Fonseca, Richer e Valente (2012), Krawczik (1999; 2005; 2008), Mororó (2011), Novaes e Fialho (2010), Oliveira, A. P. (2011), Orso (2011), Peroni (2000; 2013), dentre outros. Os resultados apontam que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB se insere numa política produzida sob os princípios do mercado, possuindo assim um viés predominantemente técnico, focado na maximização dos resultados. O IDEB enquanto uma ação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (PMCTPE) e esta como política fortemente influenciada pela classe empresarial do país tem o papel de regular os resultados educacionais assim como o trabalho docente. Por meio de transferência de responsabilidade de órgãos centrais aos subnacionais o Plano de Metas induz as instituições educacionais, a exemplo da Secretaria Municipal de Educação – SEMED/Cametá e as escolas, a transformarem-se em “centros descentralizados” da administração da educação a partir de alguns programas e ações com vistas ao crescimento de seus índices. Nesse sentido, a EMEF Nadir Valente, no período investigado, desenvolveu práticas pedagógicas coerentes com as orientações advindas da secretaria municipal e das políticas em forma de programas federais com critérios previamente definidos o que se caracterizou uma espécie de regulação e controle. A pesquisa indicou, ainda, uma certa performance no contexto da prática, onde o IDEB, tido como instrumento indicativo de qualidade, acabou influenciando as práticas desenvolvidas na escola que conformaram as ações direcionadas para aumentar os resultados por meio do crescimento do índice, ainda que esse crescimento não represente a qualidade social que defendemos.

  

Membros da Banca: 

Externo ao Programa - 3357780 - Maria Edilene da Silva Ribeiro
Interno - 1769360 - Maria Sueli Correa dos Prazeres
Presidente - 3153596 - Odete da Cruz Mendes

Banca de DEFESA: Teodoro Gaia de Melo

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: Teodoro Gaia de Melo

Data: 27/03/2018

Hora: 10:30

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

DIÁLOGO ENTRE CONHECIMENTO CIENTÍFICO E DO SENSO COMUM DE ALUNOS/AGRICULTORES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Palavras-Chaves:

Conhecimentos. Modernidade e Pós-Modernidade. Educação do Campo.

Páginas: 136

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

Objetivou-se com a pesquisa investigar como se dá e o que resulta do diálogo de alunos/agricultores entre as duas dimensões do conhecimento – ciência e senso comum, na Casa Familiar Rural de Cametá/PA (CFRC), questionando em que aspectos pode se falar de uma nova racionalidade epistemológica na Instituição e que elementos compõem essa nova racionalidade de educação na transição da modernidade para a pós-modernidade, para pensar em uma escola à população do campo com nova racionalidade epistemológica de conhecimento. O estudo direcionou-se por elementos característicos do tipo etnográfico, com abordagem qualitativa, utilizando como instrumentos metodológicos a observação, conversa direta e entrevista semiestruturada com alunos/agricultores do ensino médio do curso profissionalizante de Técnico Agrícola, modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), turma 2016. Como referencial teórico foi apresentado autores que discutem: Diálogo (FREIRE, 2005), Educação (GADOTTI, 2004), Ciência Pós-Moderna (SANTOS, 1987, 1989, 1995 e 2003; HARVEY, 2002; PEREIRA e Orgs., 2000; POURTOIS e DESMET, 1999), Educação do Campo (CALDART, 2002; PRAZERES, 2012), Ciência Moderna (GIDDENS, 1991; ALMEIDA, 2004), Racionalidade (HÜHNE, 1994), e outros. A hipótese levantada, ao final confirmada, é que a CFRC promove o diálogo entre conhecimentos científico e do senso comum e a mesma apresenta aspectos que se identificaram com elementos da ciência pós-moderna, possibilitando propor uma nova escola à população do campo com nova racionalidade epistemológica de conhecimento.

  

Membros da Banca: 

Presidente - 1255928 - Damião Bezerra Oliveira
Interno - 2299112 - José Valdinei Albuquerque Miranda
Externo à Instituição - Maria das Graças da Silva

Banca de DEFESA: Marciléia Wanzeler de Souza

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: Marciléia Wanzeler de Souza 

Data: 29/09/2017

Hora: 10:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

Experiências de ocupação da terra na ilha da Conceição (Mocajuba-Pará), em registros etnoecológicos.


Palavras-Chaves:

Etnoecologia. Ocupação de Terra. Produção Rural. Paisagem. Experiência.

Páginas: 65

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

O trabalha análise do processo de ocupação da terra, através apropriação da paisagem e da produção rural em comunidades amazônidas, partindo do pressuposto da etnoecologia, como um campo de pesquisa interdisciplinar. Envolve a relação entre formação histórica, conhecimento e suas diferentes formas de aponderamento do ambiente da floresta. A pesquisa está sendo desenvolvida na ilha da Conceição que compreende as comunidades de Santana, São Joaquim e Costa de Santana, localizadas no município de Mocajuba na região Nordeste do Estado do Pará. O estudo pretende descrever a paisagem construída pelas atividades econômicas desenvolvidas nessa ilha para que se possa entender como a floresta e o rio foram agentes ativos na interpretação do homem ribeirinho e assim entender as estratégias de ocupação que engendrou conflitos e compreensões em torno ao acesso, uso da terra e os valores que seus ocupantes foram construindo. Estudar comunidades rurais amazônicas a partir do processo de ocupação da terra e a produção agrária e levando em consideração as percepções humanas, ou seja, a relação do homem e o espaço vivido, o que nos leva a localizar os fenômenos espacialmente, explicando a razão da distribuição, se considerado a importância das atividades econômicas ligadas a agricultura e extrativismo explicando os lugares e as razões dessa ocupação é o que propomos.

  

Membros da Banca: 

Presidente - 1669289 - Francivaldo Alves Nunes
Externo ao Programa - 2336810 - José Sobreiro Filho
Interno - 2299112 - José Valdinei Albuquerque Miranda
Interno - 4217639 - Mara Rita Duarte de Oliveira

Banca de DEFESA: João Batista Rodrigues de Sousa Júnior 

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa. 

Discente: João Batista Rodrigues de Sousa Júnior 

Data: 29/09/2017

Hora: 15:00

Local: Campus de Cametá - Sala 001

Título:

DA GÊNESE ÀS NOVAS GERAÇÕES SINDICAIS: juventude e atuação política no Sindicato dos Trabalhadores(ras) rurais de Cametá.


Palavras-Chaves:

Práxis Juvenil sindical. Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Cametá (STTR-Cametá). Juventude. Movimentos Sociais. Educação do Campo. Políticas Públicas para Juventude.

Páginas: 90

Grande Área: Ciências Humanas

Área: Educação

Resumo:

Esta pesquisa teve como objeto de estudo a práxis Juvenil Sindical da Juventude do STTRCametá. Objetiva-se analisar a atuação política dos jovens no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município de Cametá, Estado do Pará (STTR-CAMETÁ), seus contextos históricos, sociopolíticos e aspectos de suas formações. Em sentido específico objetivou: 1. discutir o contexto histórico do STTR-Cametá e o papel do jovem como agente sociopolítico nesse processo; 2. analisar o processo formativo pautado pelo STTR-Cametá para a juventude militante; 3. investigar os desafios atuais da juventude rural, suas expectativas sociais e políticas no município de Cametá-PA, bem como debater sobre políticas públicas para juventudes. Para o desenvolvimento deste estudo pautou-se na abordagem qualitativa e optou-se pelo estudo de caso, tendo como referência o materialismo histórico. Constituem os referenciais teóricos: Carrano (2002, 2008), Freire (2009), Gonh (2000, 2008, 2010, 2014), Gramsci (1988), Marx e Engels (1998), Sposito (2001, 2003, 2009), entre outros. Analisou-se os resultados das entrevistas que possibilitou chegar às seguintes conclusões: a) Os jovens tem importante papel na construção histórica, política e social do STTR-Cametá; b) O processo histórico do STTR-Cametá se subdivide em dois momentos: o primeiro na década de 1970 e o segundo na década de 1980 com a tomada do sindicato pelos trabalhadores. Este movimento histórico tem reflexos no papel desenvolvido pelos jovens. No segundo momento observou que os jovens tiveram maior envolvimento e participação no processo de organização, luta e formação sindical; c) O reconhecimento da juventude no STTR-Cametá como sujeitos de direitos e espaços legítimos consiste em um processo recente e de muita persistência, com a criação da Secretaria de Juventude no ano de 2006, após 22 anos de sua fundação; d) Os desafios dos jovens sindicalistas permanecem vivos no bojo de suas lutas, uma vez que as Políticas Públicas, até aqui implementadas, não correspondem as reais necessidades sociais e políticas destes sujeitos e no campo interno muito precisa-se avançar na legitimidade e reconhecimento destes enquanto líderes dignos e aptos a assumirem a própria direção sindical, dentre outros espaços no interior deste sindicato. Contudo, o estudo não encerra o debate sobre a práxis juvenil sindical no STTR-Cametá, são elementos que obviamente necessitam de outros estudos, outras análises, de modo a contribuir para o Movimento Sindical Juvenil e a continuidade desta reflexão pode favorecer o empoderamento das organizações, formação e debate contemporâneo acerca da problemática abordada neste estudo.

  

Membros da Banca: 

Presidente - 1669289 - Francivaldo Alves Nines
Interno - 2299112 - José Valdinei Albuquerque Miranda
Externo à Instituição - Maria Marize Duarte