Agenda Geral de Defesas
DATA: 13/09/2018
HORA: 10:00
LOCAL: campus cameta
TÍTULO:
A ESCOLA E SUAS PRÁTICAS EDUCATIVAS: UMA LEITURA DOS PROCESSOS FORMATIVOS E DAS RELAÇÕES DE CONHECIMENTOS VIVENCIADAS NO COTIDIANO DA SALA DE AULA.
PALAVRAS-CHAVES:
Conhecimentos, Ensino e Aprendizagem; Práticas Educativas
PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Ensino-Aprendizagem
RESUMO:
Reconhecendo as especificidades da escola enquanto lugar de ampliação das funções psicológicas superiores da criança (VIGOTSKI, 2007), ambiente privilegiado para que estas possam apropriar-se dos conhecimentos historicamente produzidos, desenvolvendo as qualidades tipicamente humanas, o estudo tem por objetivo analisar a prática educativa e as relações que os alunos vivenciam com os conhecimentos escolares no cotidiano da sala de aula, e tem como lócus uma sala de aula do 4º ano do ensino fundamental de uma escola da rede municipal de ensino de Cametá, Pará. Como referencial teórico-metodológico recorremos em especial aos princípios da abordagem histórico-cultural desenvolvida por Vigotski e seus colaboradores, em suas perspectivas teóricas sobre o papel da escola, do ensino e das práticas de ensino na sala de aula diante da formação e desenvolvimento da criança, e as concepções de Charlot, ao discutir sobre as práticas educativas direcionando o olhar para a sala de aula e os processos educativos que ali são vivenciados, concebendo a educação como um triplo processo: um processo de humanização, de socialização, e de subjetivação/ singularização. Foram registrados um conjunto de eventos em seus momentos imediatos de acontecimentos, analisados e discutidos à luz do referencial teórico. Os resultados apontam que a escola, da forma em que ainda está organizada em suas práticas de ensino não favorece condições efetivas para que as crianças consigam avançar em seus estados de aprendizagem e desenvolvimento, apropriando-se assim das qualidades tipicamente humanas, a exemplo, a linguagem escrita. Que a forma mecanicista pela qual os conhecimentos são disponibilizados às crianças não produzem em níveis cada vez mais elaborados, o estabelecimento de relações significativas com os objetos que fazem parte cultura humana, isto é, com os conhecimentos historicamente elaborados, papel fundamental na humanização do sujeito, e que deveria favorecer o desenvolvimento de suas funções psíquicas. Que a escola resiste em atentar para as singularidades das crianças, concebendo-as de forma homogênea, idealizada e fora do contexto de suas relações sociais. E por fim, que uma educação humanizadora fundamentada na teoria histórico-cultural implica em uma ruptura com as práticas educativas que historicamente vem orientando o trabalho pedagógico nas escolas, isto é, uma educação que oriente os processos educativos nos quais as criança consigam ter acessos às significações sobre os objetos da realidade, vivenciando de tal forma, o triplo processo de sua formação humana: Homiziar-se /humanizar-se, singularizar-se/tornar-se sujeito único e socializar-se/reconhecer-se como membro de um grupo, de um coletivo (CHARLOT, 2000).
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Externo à Instituição - MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA
Externo ao Programa - 2214671 - MARIA DOS REMEDIOS DE BRITO
Presidente - 2181917 - RAIMUNDO NONATO DE OLIVEIRA FALABELO
DATA: 20/08/2018
HORA: 10:30
LOCAL: Campus Universitário de Cametá/Programa de Pós-graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC)
TÍTULO:
Currículo e diálogo cultural na construção da educação quilombola do município de Abaetetuba-PA
PALAVRAS-CHAVES:
Currículo e diálogo. Cultura. Educação Quilombola. Ensino-aprendizagem.
PÁGINAS: 137
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
A presente pesquisa intitulada Currículo e Diálogo Cultural na construção da Educação Quilombola da comunidade de São Miguel, município de Abaetetuba/PA, buscou indagar de que maneira a escola quilombola trabalha o currículo e em que medida ocorre diálogo cultural nos processos de formação. Como problemática da investigação trago o seguinte: como o currículo e o diálogo cultural na construção da Educação Quilombola vem sendo trabalhado na escola São Tomé? O objetivo da pesquisa, foi analisar o currículo e o diálogo cultural na construção da educação quilombola, considerando a cultura, a identidade e os reflexos na formação da construção do ensino-aprendizagem dos educandos. As concepções teóricas de Giroux (1986), Laraia (2006), Moreira (1990), Apple (1994), Gesser (2002), Adiron (2007), Pinto (2007), Mattos (2009), Klein (2010), Gomes (2011), entre outros, e instrumentos legais, trouxeram contribuições em termos conceituais teóricos e práticas, acerca do currículo e diálogo cultural na construção da educação quilombola, demonstrando as contradições do pensamento e das práticas pedagógicas na referida escola, bem como as críticas, reflexões e preposições para se pensar a escola quilombola a partir das realidades históricas e culturais locais. Quanto a metodologia, optou-se pela pesquisa etnográfica, na qual situa-se a realidade social do contexto pesquisado da escola quilombola São Tomé, incluindo observações, entrevista semiestruturada e relatos de pessoas da comunidade, que após coletados foram submetidos a apreciação de análise, interpretação, descrição articulados com os fundamentos teóricos para a obtenção de resultados. Por fim, a pesquisa demonstrou que os problemas educacionais da escola quilombola, são decorrentes de situações da não adequação curricular à realidade escolar, falta de compromisso político da Secretaria de Educação de Abaetetuba, em não respeitar a legislação especifica que garante um tratamento diferenciado na escola quilombola, desvalorização da cultura e identidade, desinteresse dos alunos em parte na aprendizagem escolar e um modelo padrão curricular paras todas as escolas da zona urbana e rural.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1255928 - DAMIAO BEZERRA OLIVEIRA
Interno - 2299112 - JOSE VALDINEI ALBUQUERQUE MIRANDA
Externo ao Programa - 2278773 - WALDIR FERREIRA DE ABREU
Externo à Instituição - MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA
A VIDA COMO TRAVESSIA: A Transmutação de Alfredo nas Narrativas Dalcidianas
Vida. Travessia. Alfredo em Dalcídio Jurandir.
A pesquisa intitulada, “A VIDA COMO TRAVESSIA: A Transmutação de Alfredo nas Narrativas Dalcidianas” visa analisar o personagem Alfredo nas narrativas Chove nos Campos de Cachoeira (1991) e Três Casas e um Rio (1994) ambas do escritor paraense Dalcídio Jurandir. Em diálogo com essas obras, pretende extrair das narrativas percursos, cenários, encontros, experiências e construir por meio de um trabalho cartográfico, com base em Deleuze e Guattari (1995), Kastrup (2015), pontos de conexão entre a vida de Alfredo e as metamorfoses de espírito, descrito por Nietzsche no pressuposto filosófico “Das Três Metamorfoses do Espírito”, na obra Assim Falou Zaratustra (2011). Procura evidenciar a trajetória desse personagem, permeado por conflitos existenciais, que o afetam em seu modo de suportar o peso da existência e enfrentar os obstáculos, desbravando mundos e reinventando a vida na pequena vila de Cachoeira. No bojo dessa discussão, nasce o desafio de transitar entre filosofia, literatura e educação, com o proposito de pensar a vida como travessia, e o processo de transmutação de Alfredo a partir das referidas narrativas de Dalcídio.
Saberes tradicionais dos remanescentes de quilombolas da comunidade Umarizal (BAIÃO/PA)
Saberes tradicionais - Identidade - Memória - Cultura
A presente pesquisa nasceu do interesse sobre os quilombolas da comunidade Umarizal (Baião/PA), despertado a partir do contato com esse povo, que ocorreu por meio de uma pesquisa de especialização em Cultura Afro-brasileira, realizada em 2010. A dimensão da realidade desse quilombo apontou elementos instigantes que nos levou a entender o quão era importante tratar de assuntos pertinentes aos saberes locais desses remanescentes de quilombolas do Umarizal. Neste sentido, a pesquisa partiu de questionamentos sobre os Saberes Tradicionais que caracterizam a Comunidade Quilombola do Umarizal, e como esses saberes estão sendo transmitidos de geração em geração, Assim, definimos como objetivo geral analisar os saberes tradicionais que caracterizam a Comunidade Quilombola do Umarizal, tendo em vista a transmissão desses saberes por meio de experiências cotidianas, considerando os aspectos culturais importantes que são preservados de geração em geração. A metodologia de pesquisa foi realizada por meio de análise documental, pesquisa em campo, observação em lócus e, como recurso para coleta de dados foi feito o uso da história oral. As categorias de informantes foram selecionadas segundo critérios de participação nos movimentos organizados pela comunidade. apontou-se: jovens, ponto de vista das relações conjugais; Liderança da representatividade da associação quilombola; famílias que participam ativamente da conjuntura atual dos movimentos realizados no quilombo e; individual que habita na comunidade, porém não se considera quilombola. Essas categorias foram fontes orais no desenrolar deste trabalho e, foram chamados pelos nomes próprios, de acordo com a declaração de Livre esclarecido. Por meio desse recurso, ou seja, a história oral será possível coletar informações a respeito da importância dos saberes tradicionais para a comunidade. O lócus de pesquisa é a comunidade do Umarizal, distrito da cidade de Baião-Pará. Os saberes tradicionais da comunidade Quilombola do Umarizal, objeto desta pesquisa, são encontrados na medicina natural, como nas plantas e raízes usadas para remédios caseiros; nos trabalhos de partos realizados em casa; nas danças e músicas com instrumentos da cultura afro-brasileira; nas festas religiosas; no preparo da terra para a agricultura de subsistência e; no extrativismo vegetal.
POLÍTICA DE ENSINO MÉDIO MODULAR NO PARÁ: PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E PRÁTICAS FORMATIVAS PARA JUVENTUDE DO CAMPO NA AMAZÔNIA
Política. Políticas Educacionais. Ensino Médio Modular
A pesquisa, intitulada “Política de ensino médio modular no Pará: Princípios, diretrizes e práticas formativas para juventude do campo na Amazônia”. O objetivo foi analisar o ensino médio modular como política de atendimento da juventude do campo no contexto de Cametá para problematizar a concepção de formação proposta pelo Estado, considerando as orientações oficiais do SOME e os princípios e diretrizes da educação do campo. O estudo conta com uma abordagem baseado no materialismo histórico e dialético, e segue os seguintes procedimentos para a realização da pesquisa: revisão bibliográfica acerca do tema em estudo, observação in lócus na vila de Juaba e aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas com a direção da 2ª Unidade Regional de Educação – URE/Cametá, com a direção da E.E.E.M. Prof.ª Osvaldina Muniz que coordena o SOME e com professores que atuam na comunidade escolar em questão. A pesquisa de campo teve como meta reunir informações que possam contribuir para a análise do objeto investigado considerando assim, meios que permitam a reflexão e a contradição, com isso motivar uma nova descoberta no campo do conhecimento. Para fundamentar a análise, o pensamento Marxista, contribui com a interpretação dos dados, levando em conta as categorias que pautam pelo princípio da mediação, da contradição e da totalidade. Nesse sentido, seguem os autores que corroboram com o texto, destacam-se Carnoy (1987), Corrêa (2005), Cury (1995), Freire (1996; 2011), Frigotto (2004; 2011), Krawczyk (2004; 2009), Kopnin (1978; 1993), Kosik (193f5h76; 1978), Kuenzer (1988, 2009), Machado (1998; 2009), Ramos (2004; 2005), Oliveira (2004; 2009), além de outros. Resultados, na análise compreendeu-se que os princípios e diretrizes do ensino médio modular tem colaborado com a formação da juventude do campo, pois constitui-se um conjunto de ações e metas com abertura para adequação das práticas formativas escolar. Contudo, a pesquisa demostrou a falta de políticas operacionais tais como: infraestrutura adequada aos alunos e professores, transporte, merenda escolar com qualidade e regularidade, além de suporte técnico, didático e pedagógico, dentre outros. O que se nota é que o Estado em parte se mantém ‘neutro’ de sua responsabilidade com a educação. Destaca-se ainda as limitações do SOME em garantir-se enquanto uma política ativa para a juventude.
DATA: 25/06/2018
HORA: 10:00
LOCAL: sala 001 - prédio orlando cassique - campus Cametá -UFPA
TÍTULO:
O MOVIMENTO QUE VEM DO CAMPO: O CURRÍCULO DO PROGRAMA PROJOVEM CAMPO SABERES DA TERRA: Uma análise da experiência em Cametá /Pará.
PALAVRAS-CHAVES:
Currículo, Projovem Campo Saberes da Terra e Educação do Campo.
PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
A presente pesquisa investiga o Currículo destinado a educação do Campo tendo como referência o programa de governo Projovem Campo Saberes da Terra, na comunidade de Porto Alegre Cametá/Pará, no qual nosso objetivo foi analisar como as práticas curriculares que são desenvolvidas pelo programa, estão contribuindo na vida de jovens agricultores do campo na construção e/ou fortalecimento de seus saberes tradicionais, práticas culturais e agrícolas vinculados ao mundo do trabalho e sua emancipação. Consideramos não só as orientações curriculares desenvolvidas pelos docentes voltadas para a construção e/ou valorização dos saberes e da cultura do agricultor, mas a relação que se dá entre educação e trabalho na formação escolar e o caráter transformador e emancipador do programa destinado a esse aluno. Tomamos como objeto de estudo o currículo dos Saberes da Terra, por um campo de estudo amplo, a Educação do campo. Os estudos buscaram uma aproximação com a Pesquisa Etnográfica através de alguns elementos como a observação in locus e o contato direto entre a pesquisadora e os sujeitos da pesquisa. A abordagem realizada foi a Pesquisa Qualitativa e o enfoque, Crítico - dialético. Como instrumento de coleta de dados fizemos uso da análise documental, a observação participante e de entrevistas semiestruturadas; procurando recolher informações necessárias para a análise interpretativa-crítica dos dados coletados. Dentre os resultados da análise inicial algumas proposições são possíveis perceber: as atividades curriculares desenvolvidas pelo programa vêm cooperando na vida dos campesinos, respeitando seus saberes tradicionais que vem do trabalho e das práticas agrícolas; bem como identificar que algumas proposições orientadas pelas Diretrizes Operacionais da Educação do campo vêm se concretizando, no que tange a garantia de direitos educacionais próprios aos povos do campo, porém, precisa ser ampliado esse atendimento, por meio de políticas públicas efetivas, para que estes possam ter a oportunidade de ascender sócio, político, econômico e culturalmente na sociedade.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1808826 - ARIEL FELDMAN
Presidente - 2217639 - MARA RITA DUARTE DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 2558010 - ROSANGELA DO SOCORRO NOGUEIRA DE SOUSA
DATA: 20/06/2018
HORA: 13:00
LOCAL: Sala 001 - predio orlando cassique - Campus Cametá/UFPA
TÍTULO:
O AFETIVO NAS RELAÇÕES DE CONHECIMENTO: REPERCUSSÕES NAS DINÂMICAS INTERATIVAS DE SALA DE AULA
PALAVRAS-CHAVES:
Afetivo. Interação. Relação de conhecimento. Aprendizagem.
PÁGINAS: 155
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Ensino-Aprendizagem
RESUMO:
O presente estudo intitulado “O afetivo nas relações de conhecimento: repercussões nas dinâmicas interativas na sala de aula” buscou analisar como o afetivo, enquanto campo de sentidos, manifestado nas dinâmicas interativas, marca as relações de conhecimento e se repercute no contexto do aprendizado dos alunos do 3º ano do ensino fundamental, de uma escola pública da rede municipal de ensino de uma cidade do Pará. A pesquisa orientou-se pela metodologia qualitativa, com abordagem histórico cultural, na qual a coleta de dados, realizada por meio de observação participante e as análises estão marcadas pela dimensão social, buscando a compreensão do ocorrido nas mais essenciais e extensas relações, tomando para além das palavras, os sentidos e significados manifestados também de forma não verbal. Dentro dessa perspectiva de análise, adotou-se, como principais aportes teóricos, os estudos de Vigotski (1993/ 1998/ 2001/ 2005/ 2007), Falabelo (2005) e Tassoni (2008), com as contribuições de Oliveira (1992), Braggio (1992), Patto (1996), Pino (mimeo/2000), Fontana (1997/2000/2005), Tunes, Tacco, Bartholo Jr. (2005), Padilha (2011), Leite e Tassoni (2012) e Leite (2012). O texto dissertativo foi organizado em 05 (cinco) seções, que dialogam entre si. Na primeira, está definido o problema de investigação; a segunda traz considerações sobre como o campo afetivo vem sendo apresentado, no percurso histórico, pelas pesquisas, que estudam as dinâmicas da sala de aula, bem como alguns desafios que envolvem as pesquisas nessa área; na terceira encontram-se as principais discussões da teoria Histórico Cultural, em Vigotski; a quarta, se propõe a descrever aspectos do percurso metodológico realizado; e, na última, estão presentes os resultados da pesquisa, em forma de narrativas com discussões e análises, pautadas nas bases teóricas selecionadas. Os resultados da pesquisa permitem compreender, que na perspectiva dialética, de forma particular e única, cada homem se constitui, a partir de bases históricas e culturais, que vão se manifestar nas relações, que ele estabelece com os outros e com os objetos do meio. Nessas relações, se produzem sentidos, que de forma verbal e não verbal, gestos e expressões, revelam como, cada participante se sente afetado e pode afetar mutuamente o outro. Na interligação do campo afetivo com o cognitivo, pode-se compreender o porquê em alguns contextos das relações de conhecimento, o objeto direciona para si, e em outros não. As interações só se apresentam a favor da aprendizagem e do desenvolvimento humano, quando seus participantes, se interligam em movimentos conectados, no qual todos se reconhecem, se aceitam, se respeitam e se apoiam mutuamente durante todo o processo. As relações de conhecimento, não devem ser concebidas, apenas sob a ótica cognitiva, pois nelas tudo é afetivo, interligado e impactante, se repercutindo na aprendizagem dos alunos. Nas relações significativas, a produção de sentido se evidencia pelo interesse, atenção, alegria, participação, envolvimento e aprendizagem, até mesmo diante de situações adversas. No contexto da aprendizagem escolar e do desenvolvimento humano, as diferentes áreas do conhecimento, não se apresentam desvinculadas, elas se interligam e se complementam, refletindo uma na outra. Da mesma forma, as dimensões humanas, não podem ser vistas desvinculadas, porque fazem parte da totalidade humana, que de forma interligada, influencia no querer fazer, gostar e aprender, bem como em seu oposto.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Externo à Instituição - IVANILDE APOLUCENO DE OLIVEIRA
Presidente - 2181917 - RAIMUNDO NONATO DE OLIVEIRA FALABELO
Externo ao Programa - 1152892 - SONIA REGINA DOS SANTOS TEIXEIRA
Externo ao Programa - 2278773 - WALDIR FERREIRA DE ABREU
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 001 - prédio Orlando Cassique - UFPA Cametá
TÍTULO:
A FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE NO CONTEXTO DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO DE CAMETÁ/PA: As implicações do Plano de Ações Articuladas (PAR) no período de 2007 a 2014
PALAVRAS-CHAVES:
Política de Formação Docente Continuada. Plano de Ações Articuladas (PAR). Profissionalização. Capacitação
PÁGINAS: 210
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Este texto é resultado da pesquisa de mestrado que teve por objetivo analisar a política de formação continuada docente da rede municipal de ensino de Cametá, tendo em vista as implicações do Plano de Ações Articuladas (PAR), considerando as tendências em termos formativos para acentuar a capacitação e/ou a qualificação e profissionalização de professores. Como questões de estudo, destacam-se: Quais as implicações do PAR na política de formação docente continuada para professores da rede municipal de Cametá quanto a garantia da qualidade do ensino decorrente dos processos formativos? Os processos formativos são subsidiados por elementos norteadores de mera capacitação e/ou de elementos que garantem a profissionalização docente por meio de qualificação? A oferta dos cursos de formação continuada docente é garantida por meio do Regime de Colaboração entre os entes federados ou de Parcerias? Trata-se de um estudo de natureza qualitativa cujo levantamento de dados tem por base as técnicas de análise documental e entrevista semiestruturada. O recorte temporal escolhido para o estudo compreende o primeiro e o segundo PAR, respectivamente de 2007 a 2011 e 2011 a 2014.O lócus da pesquisa foi a Secretaria Municipal de Educação de Cametá SEMED/Cametá e os sujeitos foram: 01 (um) técnico responsável pelo PAR no referido município no período correspondente as versões em análise, 2 (dois) professores da rede municipal de ensino, sendo 01 (um) deles representante no Sindicato de Trabalhadores da Educação Pública do Pará- SINTEPP – Subsede/Cametá e um professor dos anos iniciais do ensino fundamental além de 3 (três) informantes da Pesquisa Nacional do OBEDUC-PAR que incluiu técnicos e gestores da SEMED/Cametá. Optamos por análise de conteúdo, considerando o possível desvelamento dos sentidos latentes aos discursos veiculados, ainda que os significados sejam importantes no contexto destas mesmas políticas. A contradição, a mediação, a totalidade e a historicidade são princípios fundantes e indispensáveis na análise dos dados, pois são categorias do materialismo histórico e dialético que é um método científico pertinente ao estudo dos fenômenos sociais e educacionais potencialmente propicio para desvelar elementos contraditórios, pois ainda que a educação seja a única pratica social juridicamente ordenada pelo Estado Moderno ela conforma projetos e interesses em disputa e guarda as marcas de um processo histórico conflitivo, dual que resultam de múltiplas determinações. Dentre os autores que situam e fundamentam o texto podemos citar os seguintes: Alves (1996), Kuenzer (1999), Melo (1999), Araújo (1999), Frigotto (2001), Ramalho, Nunez, Gauthier (2003), Almeida (2005), Maués (2005), Sander (2008), Noma (2008), Camini (2009), Stival e Gisi (2009), Gatti, Barreto e André (2011), Camargo, Ribeiro e Mendes, (2016) dentre outros. Os resultados da pesquisa sinalizam a importância da adesão do PAR como importante ferramenta de planejamento da educação municipal que direcionam as ações no âmbito do pedagógico e da gestão da política. No pedagógico, dentre outros aspectos destacam-se as formações continuadas que constam como um dos critérios para a qualidade do ensino, embora os cursos estejam condicionados a responder as exigências do IDEB como parâmetro de qualidade o que sinaliza uma formação fundamentada na capacitação técnica. A organização da Formação Continuada no PAR apresenta dentre os indicadores a busca da melhoria da qualidade de aprendizagem de todos os componentes curriculares de professores nos anos iniciais e finais do ensino fundamental. Na disposição do relatório municipal do primeiro PAR 2007/2011 pode-se constatar o Programa de Formação de Professores em Exercício PROFORMAÇÃO, e no segundo PAR 2011/2014, o Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa - PNAIC. A pesquisa indicou a realização de outras ações de formação continuada docente dos anos iniciais do ensino fundamental e suas modalidades por várias iniciativas como o Alfabetizar e o Letrar, este último trata-se de uma iniciativa própria da Secretaria Municipal de Educação. A pesquisa revelou ainda as ações de formação por meio do Programa Gestar I e do Programa Gestar II, embora tenham se antecipado ao PAR que analisamos foram importantes. Sobre o Regime de Colaboração entre os entes federados o qual a Constituição Federal preconiza atribuições compartilhadas, percebemos pontuais indicativos da ação do Ministério da Educação – MEC -, com a orientação via Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação –SIMEC – no tocante a assistência técnica por meio de treinamentos aos coordenadores dos cursos e programas. A contrapartida do ente municipal se deu pela “adesão” ao PAR em forma de convenio e atualização do sistema via Plataforma SIMEC/PAR e na implementação das ações de formação no município pela equipe da Secretaria Municipal de Educação, sendo ainda responsável pelo oferecimento de logística o que inclui não apenas a estrutura física com o aparato da equipe formadora, mas outros elementos necessários para que os professores pudessem permanecer na sede do município, onde no geral, os cursos ocorriam, a fim de participar das formações, não significando, contudo, um efetivo Regime de Colaboração entre os entes federados, haja vista que algumas ações dependiam de parcerias locais
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Externo ao Programa - 1052608 - FABIOLA BOUTH GRELLO KATO
Presidente - 3153596 - ODETE DA CRUZ MENDES
PLANTAS MEDICINAIS: SABERES, PRÁTICAS E ENSINAMENTOS PRESENTES NA VIVÊNCIA DE ANTIGOS MORADORES DA CIDADE DE CAMETÁ-PA
Saberes Culturais, Plantas Medicinais, Memória, Farmácia Viva.
O estudo objetiva analisar os saberes e práticas presentes na convivência de antigos moradores da cidade de Cametá, assistênciados pelo Centro de Convivência a Pessoas Idosas (CENCAPI) a respeito do uso de plantas medicinais para fins curativos, descrevendo diferentes manifestações culturais que traz marcas do “hibridismo”, integradas por mudanças e permanência quanto a utilização dos recursos terapêuticos, a partir da miscigenação de conhecimentos, práticas e técnicas oriundos de diferentes culturas convencionais. Utiliza-se como apoio teórico-metodológico obras de alguns autores que discutem o processo histórico do uso de plantas medicinais, saberes, cultura, memória, hibridismo, dentre outros, como: HOBSBAWM (1998); ALVES, CAES (2015); DI STASI (1996); PORTELLI (1997); LE BRETON (2011); SANTOS (2008); GURGEL (2011); CALAINHO (2005); PIMENTA E SALGADO (2016); PINTO (2010); THOMPSON (1992); MARCONI e LAKATOS (2010); CANCLINI (1997); GEERTZ (2008); HALL (2006); LARAIA (2009). Da mesma forma, se realiza a pesquisa de campo, mediante observação participante, entrevistas, visitas domiciliares e conversas informais. Dados da pesquisa, apontam que, os saberes e práticas por meio do uso com plantas medicinais, permeiam- se de vivências e lembranças, entrelaçadas e tecidas por recordações, antigos costumes, tradições e progressão sócio- espacial, contadas por meio da memória, das relação expressivas de força e vitalidade, exploradas pela exposição das “farmácias vivas”; dos reflexos extraídos de ensinamentos fecundos por um cuidar humanizador, e do entendimento e conhecimento a respeito dos poderes curativos das plantas medicinais.
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 001 - predio Orlando Cassique - Campus Cametá-UFPA
TÍTULO:
PRÁXIS PRODUTIVA E PROCESSOS DE CONSTITUIÇÃO DE IDENTIDADE ENTRE OS PESCADORES ARTESANAIS DA COLÔNIA Z-16 DE CAMETÁ/PA
PALAVRAS-CHAVES:
Práxis produtiva; contradições capital-trabalho; identidade; pescadores artesanais.
PÁGINAS: 192
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
A pesquisa objetiva responder como ocorre a relação entre práxis produtiva e processos de constituição de identidades entre os pescadores artesanais filiados à Colônia Z-16 de Cametá/PA. A metodologia pauta-se em revisões bibliográficas e pesquisa de campo e os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada (PÁDUA, 2012). As análises foram estruturadas a partir da dialética singular-particular-universal (LUKÁCS, 1978) entendendo-se que os fenômenos sociais não se limitam à expressão imediata e factual, mas vinculam-se, por uma série de mediações, às leis gerais que condicionam o funcionamento da sociedade capitalista como uma totalidade (KOSIK, 1976). Com base em Dubar (2005), Lukács (2010; 2012; 2013), Marx (2013), Marx & Engels (2009), Vázquez (2011), dentre outros, conclui-se: no plano ontológico, a identidade de ser social pescador artesanal é constituída no seu processo de socialização mediada pelas relações de trabalho. No plano histórico-existencial, o processo de constituição de identidades entre os pescadores artesanais da Colônia Z-16 ocorre em meio a uma materialidade de disputa entre capital e trabalho pelo controle da práxis produtiva. O capital se utiliza de formas de identificação fundamentadas na forma-mercadoria para atribuir identidades pautadas na mercantilização das relações sociais, no individualismo, na sobreposição do valor de troca em relação ao valor de uso, na exploração da força de trabalho e na busca incessante de lucro, como forma de impedir que os pescadores artesanais vislumbrem outras formas de relações sociais para além do capital e sejam inseridos na lógica do sistema capitalista. Por outro lado, vivenciando a precarização de suas condições de trabalho devido aos impactos ambientais decorrentes da construção da Hidrelétrica de Tucuruí, os pescadores artesanais negam as identidades que lhes são atribuídas pelo capital e iniciam um processo de fortalecimento político-organizativo enquanto fração de classe trabalhadora. A necessidade de implementação de alternativas produtivas à pesca decadente lhes direciona para a conquista da gestão da Colônia Z-16, então, sob controle das elites econômicas e políticas de Cametá. Os pescadores artesanais impuseram-se em seu espaço de vida e trabalho e ainda exigiram negociar com o Estado capitalista a efetivação de políticas assistenciais de modo a auxiliá-los em seu processo de reorganização de sua práxis produtiva. Embora nos interstícios dessas alternativas a lógica de mercantilização da produção e da distribuição da riqueza se façam presentes, o capital ainda não consegue controlar a totalidade dos processos de trabalho dos pescadores. No interior da práxis produtiva, além da constituição de identidades de resistência, os pescadores ensaiam formas emancipadas de produção e distribuição da riqueza, tal como ocorre na gestão coletiva e repartição igualitária do pescado nos Acordos de Pesca, constituindo, assim, identidades numa perspectiva contrahegemônica. Contudo, apesar da resistência ao capital e dos avanços, em termos de expressão político-organizativa, o processo de constituição da identidade de classe para si não se completou, pois, a fração de classe dos pescadores artesanais vivencia, nos últimos anos, avanços e retrocessos tanto em sua organização política, quanto em termo de manutenção das alternativas de produção e/ou em termo de luta por questões mais abrangentes para além dos interesses imediatos.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Externo ao Programa - 2153549 - DENISE MACHADO CARDOSO
Presidente - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Interno - 2190546 - GILMAR PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 1152796 - RONALDO MARCOS DE LIMA ARAUJO
HORA: 09:30
LOCAL: Sala 001 - prédio Orlando Cassique - Campus Cametá-UFPA
TÍTULO:
INCLUSÃO ESCOLAR NUMA ESCOLA PARTICULAR EM CAMETÁ/PA: UM ESTUDO DE CASO À LUZ TEÓRICA DE VYGOTSKY
PALAVRAS-CHAVES:
inclusão escolar, prática pedagógica, interação social.
PÁGINAS: 152
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Esta dissertação de Mestrado visa investigar a prática pedagógica de uma professora de escola particular em Cametá-PA, no que diz respeito a inclusão escolar, além da relação dessas práticas com as teorias vigotskianas. A problemática da pesquisa pauta-se em torno dos seguintes questionamentos: o que aquela professora tinha de diferente que a destacava de tantas outras? Suas práticas pedagógicas eram de fato inclusivas? Como se dava o aprendizado dos alunos com deficiência? Será que as teorias de Vygotsky embasavam a prática pedagógica daquela professora? Em se tratando das análises teóricas que embasaram a presente pesquisa, podemos destacar: Silva Filho (2013), Pimenta (1997), Bueno (1999), Ainscow (1997), Omote (2008), Sassaki (1997), Plaisance (2004), Poker (2008), entre outros. No que diz respeito às análises documentais sobre inclusão, destacamos: Declaração Universal dos direitos humanos (1948), Constituição Federal (1988), Declaração de Jomtien (1990), ECA/estatuto da criança e do adolescente (1990), Declaração de Salamanca (1994), Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), Convenção de Guatemala (1999), CNE/CEB (2001), Plano Nacional de Educação – PNE (2001), Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2007), o novo Plano Nacional de Educação – PNE (2014) e o Estatuto da Pessoa com deficiência – Lei Brasileira da Inclusão (Lei nº 13.14/2015). A investigação realizada foi um estudo de caso de natureza qualitativa. O lócus da pesquisa foi uma escola particular em Cametá-PA. A amostra deste estudo foi a prática pedagógica de uma professora em sala regular de ensino com inclusão escolar. A coleta dos dados foi constituída a partir da observação empírica e roteiro de entrevista com questionário semiestruturado. Como procedimento de análise dos dados, utilizamos a análise documental, das observações e do conteúdo da fala da professora pesquisada. As respostas obtidas mostraram que as práticas pedagógicas utilizadas pela professora se configuram como inclusivas e tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de seus alunos com deficiência. Os indicadores presentes na pesquisa foram em sua maioria, a luz teórica de Vygotsky, sobretudo os presentes na obra Fundamentos da Defectologia, tais como: interação social, afetividade, inclusão, zona de desenvolvimento proximal, mediação, aprendizagem, desenvolvimento e compensação. Percebemos que a prática pedagógica da professora corresponde a um fator preponderante para a aprendizagem e o desenvolvimento de seus alunos com deficiência, sendo Vygotsky a luz teórica dessas práticas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1808826 - ARIEL FELDMAN
Externo à Instituição - IVANILDE APOLUCENO DE OLIVEIRA
Interno - 2181917 - RAIMUNDO NONATO DE OLIVEIRA FALABELO