DATA: 18/02/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Campus Cametá – Prédio Orlando
TÍTULO:

Processos de Formação Profissional: entre o prescrito e o renormatizado no cotidiano do trabalho dos egressos do curso Técnico de Alimentação Escolar/PROEJA do Centro Integrado de Educação do Baixo Tocantins


PALAVRAS-CHAVES:

Educação. Trabalho. Formação. Saberes.


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Trata-se de dissertação em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC) do Campus Universitário do Tocantins/Cametá – UFPA, vinculada à linha de pesquisa Educação Básica, Tecnologias, Trabalho e Movimentos Sociais na Amazônia, intitulada “Processos de Formação Profissional: entre o prescrito e o renormatizado no cotidiano do trabalho dos egressos do curso Técnico de Alimentação Escolar/PROEJA do Centro Integrado de Educação do Baixo Tocantins”. Analisa-se a articulação da formação profissional e saberes do/no trabalho, considerando o processo histórico de transformações do mundo do trabalho e formação no contexto de crise da modernidade. Para isso, a pesquisa busca investigar, especificamente, em que medida os saberes dos trabalhadores do curso Técnico em Alimentação Escolar estão sendo produzidos e mobilizados no/do trabalho, observando como esses saberes experienciais no/do trabalho garantem ou não as condições da consciência de classe e da transformação social. Trata-se de pesquisa qualitativa, apoiado no materialismo histórico dialético e na abordagem ergológica de trabalho. Como procedimentos de coleta de dados, utilizaremos entrevistas semiestruturas e análise documental; o tratamento dos dados seguirá as orientações da análise de conteúdo. Neste momento, apresentamos levantamento de referências teóricas já analisadas acerca das discussões sobre formação profissional e saberes do/no trabalho, considerando importante a abordagem ergológica envolvendo o processo de formação profissional e qualificação que considera os saberes do trabalho e saberes profissionais frente aos saberes prescritos e saberes renormatizados. Nossos referenciais tomam Alves (2009), Schwartz e Durrive (2007), Guérin (2004), Machado (2006), abarcando questões de formação, educação profissional e ergologia; Gramsci (1991), Kuenzer (2002) e Kosik (1976) auxiliam-nos nos debates sobre o trabalho e o materialismo histórico-dialético. Partimos do pressuposto de que no trabalho os sujeitos egressos renormatizam os saberes e os conhecimentos oriundos da formação escolar, dadas as necessidades de criatividade do mundo do trabalho, diante das metamorfoses desse mundo.


MEMBROS DA BANCA: 
Interno - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Presidente - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Externo à Instituição - MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA

 

DATA: 14/11/2018
HORA: 10:00
LOCAL: sala 001 - campus cameta - predio orlando cassique
TÍTULO:

A CONCEPÇÃO DA POLÍTICA EDUCACIONAL NO CONTEXTO DA DITADURA CIVIL-MILITAR: A IMPLANTAÇÃO DO SENAI, NO MUNICÍPIO DE CAMETÁ-PARÁ (1975-1985)


PALAVRAS-CHAVES:

SENAI; Política Educacional; Regime Militar.


PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A presente dissertação tem como objetivo analisar a implementação do SENAI no município de Cametá, buscando compreender as razões de sua implantação, as concepções pedagógicas, os interesses políticos, econômicos e sociais envolvidos e suas relações com o mercado de trabalho. A metodologia desta investigação terá por base os pressupostos da pesquisa qualitativa do tipo descritivo-analítica, sendo que as etapas da observação, ainda em execução, são: pesquisa bibliográfica, levantamento e análise documental, pesquisa de campo e entrevista. Pretende-se, também, por meio da História Oral, compreender a implantação do SENAI Cametá e suas implicações, por meio da memória dos nossos entrevistados, que servirá de base para a compreensão dos acontecimentos. Outrossim esta abordagem permitirá a problematização do objeto de pesquisa a partir de uma análise crítica sobre a forma como a concepção da política educacional estava relacionada à implantação do SENAI Cametá, a partir de um olhar orientado pelo aporte teórico da pesquisa. Trabalha-se com o conceito de Política Educacional, que serve de base para a compreensão dos fenômenos a serem investigados. Estes conceitos terão como aporte teórico discussões de autores que consideramos importantes para a compreensão do objeto: Araújo (2007), Batista (2003, 2015), Cunha (2005a), Cunha (2005b), Cunha (2005c), Frigotto (1989, 2010a, 2010b), Germano (1994, 2011), Müller (2009a, 2009b), Manfredi (2002, 2016), Mészaros (2008), 2 Schultz (1973), Petit (2003), Prins (1992) & Thompson (1992). A Pesquisa está em andamento, e tem se evidenciado, interesses políticos relacionados com a implantação do Centro Integrado de Formação Profissional de Cametá (CIEP), por intermédio da figura do ex-deputado federal Gerson dos Santos Peres, sendo que o mesmo foi o principal responsável pela vinda da instituição de ensino para a cidade de Cametá, que culminou na inauguração do SENAI Cametá, no dia: 28/10/1982, com a vinda do Presidente da República: João Baptista de Oliveira Figueiredo. É interessante reconhecer que, antes da fundação do SENAI Cametá, foi instalado provisoriamente em 1976, o Centro Móvel do SENAI DR-PA (CEMOVEL). Esta escola tinha formato de Circo e foi montada na Praça da Justiça, em frente à Escola Estadual Governador Alacid Nunes (GEAN), com os seguintes cursos: Curso de Eletricidade Básica, Mecânica Geral, Carpintaria, Mecânica de Automóvel, Construção Civil e o Curso de Operador de Trator Agrícola. Como hipótese de pesquisa, acredita-se que a implantação do SENAI/Cametá esteve atrelada a preocupação com mercado produtivo. Talvez se acreditasse que o município de Cametá viesse a se tornar um polo industrial, contudo tal instituição hodiernamente forma para o setor terciário e de serviços, e não está integrado, a uma grande malha industrial, pois a região não tem estrutura para a indústria. Além, pondera-se que a educação profissional foi pensada nos ideais políticos como uma das estratégicas para o desenvolvimento industrial no Brasil, porém, sua expansão para as demais regiões são resultados do crescimento econômico e das necessidades de formar mão de obra para atender a lógica produtiva do sistema capitalista


MEMBROS DA BANCA: 
Presidente - 1808826 - ARIEL FELDMAN
Externo ao Programa - 1834777 - CARLOS LEANDRO DA SILVA ESTEVE
Interno - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES

DATA: 04/10/2018
HORA: 16:00
LOCAL: campus cameta - Prédio Orlando Cassique
TÍTULO:

HEIDEGGER: ENTRE A TÉCNICA E A SERENIDADE


PALAVRAS-CHAVES:

Heidegger. Técnica. Homem. Educação. Serenidade


PÁGINAS: 93
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A Dissertação com título ‘Heidegger: entre a técnica e a serenidade’ tem como objetivo compreender como o ser humano vem se constituindo na modernidade na era da técnica. Para tanto, nos apoiaremos na filosofia de Heidegger como precursor da discussão da técnica e da serenidade. Ao questionar a técnica pretende-se percorrer um caminho para que aconteça uma livre relação com ela, buscando assim compreender sua essência. O questionar possibilita construir um caminho diferente, e não apenas permanecer preso a qualquer fato ou proposições. A técnica pensada na modernidade proporciona resultados assustadores, fantásticos e não pouco determina o tempo em que vivemos. Ao pensar sem questionar é aceitar o fato que a técnica do ponto de vista do conhecimento científico tem respostas para todas as coisas. Heidegger nos leva ao caminho do pensamento. Mas para ele, o que é pensar? O que seria esse meditar (besinnen) que o filósofo procura despertar frente a um suposto esquecimento do homem na era atômica? A preocupação de Heidegger não é se o mundo torna-se mais ou menos técnico, o questionamento repousa se de fato o ser humano estar preparado para responder às transformações a partir da era técnica. A serenidade é dizer “sim e não” aos objetos técnicos. É o conduzir na proximidade desses objetos, mas não está ‘dentro deles’ ou dominado por eles. Heidegger nos leva pensar no ‘entre’ a técnica e a serenidade: por um lado estar em contato com os objetos técnicos, por outro buscar meditar sobre eles. Heidegger nos encaminha a essência do pensar, pois a tendência do ser humano é ser vítima da “pobreza do pensamento”. A questão da técnica é notadamente perigosa quando reina a Gestell (armação). O filósofo alemão quer mostrar que o caminho da técnica (τέχνη) é curto, demorado é o caminho da serenidade (Gelassenheit) como abertura a um mistério. Na era atômica vale ressaltar uma breve discussão entre a técnica e a educação. Nessa trilha do trabalho, além das obras de Heidegger, contribuem Rüdiger, Morin, Rousseau, Loparic, Freud, Vattimo, Gadamer, entre outros


MEMBROS DA BANCA: 
Presidente - 2353907 - CEZAR LUIS SEIBT
Interno - 2341990 - JORGE DOMINGUES LOPES
Externo à Instituição - ROGÉRIO JOSÉ SCHUCK

 

DATA: 04/10/2018
HORA: 14:30
LOCAL: campus cameta - Prédio Orlando Cassique
TÍTULO:

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: A Relação Professor-Aluno em Carl Rogers e Paulo Freire


PALAVRAS-CHAVES:

Aprendizagem Significativa. Carl Rogers. Paulo Freire. Relação professor-aluno.


PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Este estudo consiste em uma pesquisa teórica que busca interpretar as concepções de Carl Rogers e Paulo Freire apresentando-se dentro dessas propostas o sentido de uma Aprendizagem Significativa, tomando como fundamental nesse processo a relação professor-aluno. Nesse sentido, são desenvolvidas comparações e reflexões sobre a Abordagem Centrada na Pessoa e a Pedagogia do Oprimido, que configuram as matrizes conceituais elaboradas pelos citados autores, respectivamente. Além de pontos que aproximam e distanciam as duas teorias enfatiza-se o quanto são complementares no campo educacional. Pois, a escola tem um grande desafio no mundo contemporâneo onde as relações humanas encontram-se afetadas, predominando as relações de poder, que oprimem e desrespeitam os direitos à cidadania, na qual a falta de aceitação e de confiança estão ganhando mais espaço que os valores e atitudes que proporcionam o crescimento da pessoa e o desenvolvimento da consciência crítica. A referida pesquisa é do tipo qualitativa, procedendo-se por meio de pesquisa bibliográfica, fundamentada nas teorias de Carl Rogers e Paulo Freire, nos conceitos formulados por eles para uma prática pedagógica que norteie a Aprendizagem Significativa. O percurso investigativo contou com embasamento em outros autores que estudam e analisam a biografia e o pensamento Rogeriano e Freireano, dentre eles, Justo (2002, 1978), Fonseca (2006), Moreira (2010), Leitão (1986), Campos (2017, 2005), Tassinari (1995), Freire A. (2017) e Gadotti (2010, 2001). As teorias abordadas neste trabalho ainda são atuais, pois ao longo do tempo não foram esquecidas e são interpretadas e praticadas pelos seus estudiosos de acordo com as necessidades históricas, sociais, culturais e políticas, porém precisam chegar às escolas de maneira mais enfáticas e eficazes, para além dos discursos.


MEMBROS DA BANCA: 
Presidente - 2353907 - CEZAR LUIS SEIBT
Interno - 2299112 - JOSE VALDINEI ALBUQUERQUE MIRANDA
Externo à Instituição - ROGÉRIO JOSÉ SCHUCK

DATA: 22/11/2018
HORA: 10:00
LOCAL: campus cameta
TÍTULO:

FORMAÇÃO, DOCÊNCIA E SABERES CULTURAIS DOS PROFESSORES E ALUNOS QUILOMBOLAS DA ESCOLA 4 DE MARÇO


PALAVRAS-CHAVES:

Docência - Formação - Legislação – Educação quilombola


PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A presente pesquisa intitulada Formação, docência e saberes culturais dos professores e alunos quilombolas da escola 4 de março tem como objetivo geral: Compreender o processo de formação continuada das professoras e professores que atuam na escola 4 de Março, no Rio Genipauba, Município de Abaetetuba, analisando em que medida essa formação contribui para as mudanças das práticas docentes em sala de aula, ao que se refere a discussões das questões étnico-raciais. E como objetivos específicos: Analisar o processo de formação continuada dos professores e professoras realizada na escola 4 de março; Discutir de que forma os professores e professoras incorporam em suas práticas docentes as orientações das leis 10639/03 e 11.645/08, e assumem na prática educativa em sala de aula a valorização dos saberes culturais dos alunos quilombolas; Analisar de que forma os cursos de formação continuada de professores quilombola problematizam e discutem as relações éticos raciais a partir da legislação específica, que trata do tema. Para alcançar os objetivos Fez-se uma pesquisa de campo, com uma abordagem qualitativa, através do estudo de caso. Os principais instrumentos de coleta de dados serão as narrativas desses professores (as), mas também iremos realizar entrevista com moradores da comunidade para identificar de que forma os saberes culturais quilombolas afetam a vivência diária das pessoas daquela localidade. Assim, o presente estudo traz como relevância a cultura e a tradição, a partir das narrativas orais e do estudo de campo das realidades vividas pelos docentes e discentes dessa localidade, com o estudo dos impactos advindos das Leis nº 9.394/96 e 10.639/03, sem se desprender da reforma do ensino médio ocorrida em 2016. Analisando algumas falas de professores é possível perceber que há formação continuada de professores da escola 4 e Março comprovada por certificados de participação de cursos pós leis 10.639/03 e 11.645/08 para discutir questões relacionadas a inclusão, na grade curricular, das contribuições afro-brasileira e africana para a formação da nação brasileira. Assim como outras falas de moradores da comunidade trazem o orgulho de serem remanescentes de quilombos, por razões diferentes umas das outras.


MEMBROS DA BANCA: 
Externo ao Programa - 2153593 - AFONSO WELLITON DE SOUSA NASCIMENTO
Interno - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Externo à Instituição - FLAVIO BEZERRA BARROS
Presidente - 263.026.912-49 - MARA RITA DUARTE DE OLIVEIRA - UFC

DATA: 31/08/2018
HORA: 15:00
LOCAL: campus cametá
TÍTULO:

MEMÓRIAS DO TRABALHO DOCENTE E PRÁTICA PEDAGÓGICA NA PRÉ-ESCOLA NO CONTEXTO DA DITADURA MILITAR, MUNICIPIO DE CAMETA-PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Educação Pré-escolar; Memória; Ditadura Militar; Práticas Pedagógicas


PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

O estudo intitulado “ MEMÓRIAS DO TRABALHO DOCENTE E PRATICA PEDAGOGICA NA PRÉ-ESCOLA NO CONTEXTO DA DITADURA MILITAR, MUNICIPIO DE CAMETA-PARÁ busca, a partir  de relatos orais de docentes que vivenciaram a pré-escola no contexto da ditadura militar em Cametá, no Pará,  investigar  as práticas didático-pedagógicas presentes no cotidiano da experiência do pré-escolar no período de 1970 a 1985, visando analisar como docentes cametaenses realizavam  suas práticas pedagógicas junto às crianças da pré-escola, no sentido de se compreender analiticamente se estas mantinham  ou se contrapunham à ordem, em um contexto marcado por um autoritarismo expressivo dos militares quanto à manutenção da ideologia da  segurança nacional, além de se estar em um período da história brasileira pautada na perspectiva desenvolvimentista, para a qual o investimento no capital humano era uma tônica, embora com resultados muito poucos na mudança estrutural da sociedade. De modo específico, consideramos importante: (i) compreender a implantação desta etapa de educação voltada para um público infantil, que até então não representava prioridade no contexto educacional, em Cametá, entre 1970 e 1985; (ii) descrever os espaços de acolhimento nesse período no município de Cametá e as condições que apresentavam para garantir o acontecer do processo ensino aprendizagem, buscando compreender se as escolas atendiam, no mesmo espaço, crianças advindas de condições sociais distintas; (iii) analisar a relação professor x aluno, no interior de práticas pedagógicas, no sentido de se compreender se essa relação concretizava-se mediante um formalismo institucional ou extrapolava para uma dimensão mais voltada para o campo da afetividade, em um contexto de ditadura. Para tanto, busca-se apoio teórico metodológico em autores, como: BOSI (1987), BERGSON (1990), CONTRERAS (2002), TARDIF (2002), LESSARD (2005), SARMENTO (1997), ROCHA (1989), GERMANO (2005), SILVA (1990), dentre outros. Acrescido ao estudo das obras de tais autores, realiza-se a pesquisa de campo, mediante diálogos informais e entrevistas com professores e professoras considerando seus espaços de trabalho, além da análise de documentos, tais como a lei 5.692/71, que versava sobre o trabalho com a educação da criança nesse período. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em desenvolvimento que visa considerar o contexto sócio-político-econômico e cultural vivido pelos docentes da educação pré-escolar, pressupondo a descrição dos dados desse contexto, interligando com aspectos mais amplos da história nacional e internacional, dentro da lógica societária.


MEMBROS DA BANCA: 
Externo à Instituição - ANDREA SILVA DOMINGUES
Presidente - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Interno - 263.026.912-49 - MARA RITA DUARTE DE OLIVEIRA - UFC

 

DATA: 31/08/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Campus Universitário do Tocantins/Cametá
TÍTULO:

Escolarização, emancipação e empoderamento feminino das mulheres ka’apor da Terra Indígena Alto Turiaçu


PALAVRAS-CHAVES:

Escolarização indígena. Mulher Ka’apor. Saberes indígenas.


PÁGINAS: 43
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Trata-se de uma investigação sobre o papel da escolarização das mulheres indígenas Ka’apor da Terra Indígena Alto Turiaçu, como meio de favorecer o seu empoderamento dentro da comunidade. Essa inquietação surge de observações realizadas junto a mulheres Ka’apor, que não podiam, por exemplo, sentar-se junto aos homens para uma simples conversa, além disso pode-se observar o fato de uma mulher da comunidade ter assumido a liderança do grupo, quando a prática comum era a de que apenas homens exercessem a função. Tudo isso levou a questionar o que teria provocado tais mudanças nesse contexto social, ou seja, que fatores teriam contribuído para a modificação desses saberes e práticas culturais. Nesse sentido, uma hipótese que pode ser levantada para explicar essas modificações seria a da interferência de novos saberes introduzidos pela escola da comunidade, os quais, ao serem apreendidos pelas mulheres, contribuiriam, talvez, para o seu empoderamento. Busca-se, enfim, analisar a relação entre a educação escolar e as formas de empoderamento da mulher ka’apor nos âmbitos familiares, sociais, econômicos, políticos e culturais, por meio de seus discursos presentes em narrativas orais. Para atingir esse objetivo, analisa-se, primeiro, a função social da mulher Ka’apor nos dias atuais, procurando identificar similaridades nos discursos dessas mulheres no que se refere à sua formação escolar e como ela teria contribuído para o seu empoderamento. Essas narrativas orais, colhidas por meio de entrevistas, foram gravadas e transcritas, para, em seguida, serem analisadas, inicialmente, com base em quatro vertentes: a análise do discurso crítica, de Magalhães (2017); os conceitos sobre Cultura e Educação, de Brandão (2009); uma teoria sobre história oral, de Thompson (1992) e Ferreira e Amado (2006); e os conceitos de etnografia, de Geertz (1978).


MEMBROS DA BANCA: 
Presidente - 2341990 - JORGE DOMINGUES LOPES
Interno - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Interno - 2298298 - GILCILENE DIAS DA COSTA
Externo à Instituição - ANA SUELLY ARRUDA CAMARA CABRAL

 

DATA: 25/09/2018
HORA: 10:00
LOCAL: Campus Cametá
TÍTULO:

O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES  NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL EM CAMETÁ: Da educação em tempo integral à descentralização financeira


PALAVRAS-CHAVES:

Programa Mais Educação. Tempo Integral. Descentralização. Financiamento.


PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

O texto que é parte da pesquisa, em andamento, intitulada O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL EM CAMETÁ: Da educação em tempo integral à descentralização financeira. Tem por objetivo analisar o Programa Mais Educação e suas implicações no financiamento via ações descentralizadas na rede municipal de ensino do município de Cametá/Pa, considerando os pressupostos do programa Mais Educação e seus condicionantes no que se refere a educação integral em tempo integral e no que tange ao financiamento das ações sob o processo da descentralização com amostragem de duas escolas da rede municipal. Consideramos  o Programa Mais Educação –uma ação do Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE constituído no contexto da reforma do Estado dos anos 90 e da política de financiamento descentralizado adotado pelo referido programa, sendo uma proposta indutora da educação integral. O texto está apoiado nos autores, tais como Höfling (2001), Boneti (2011), Frigotto (2002), Martins ( 2010), Casassus (1990), Cavaliere ( 2009). Metodologicamente o estudo do Mais Educação será feito por meio da abordagem qualitativa com revisão da literatura sobre a política educacional enfocando a gestão com análise de documentos e instrumentos de coleta de dados tais como: entrevista semiestruturada com professores, gestores escolares, coordenadores do programa Mais Educação e Técnicos da Secretaria de Educação, além disso, da observação in lócus.  Como resultado é possível caracterizar o programa Mais Educação como uma ação indutora da educação integral que efetiva-se nas escolas da rede, por intermédio do financiamento descentralizado que garante, em parte, o desenvolvimento de suas atividades. Outrossim, os pressupostos do programa são decorrentes de orientações verticalizadas com gestão gerencialista na qual o controle é mantido no poder central, através da adoção de ações decididas previamente. Quanto ao financiamento verifica-se que a alocação de recursos não é satisfatória para o desenvolvimento das atividades do programa Mais Educação. Em relação a descentralização há inserção da divisão de responsabilidades, que outrora exime a União de suas obrigações com o direito à educação e a qualidade do ensino, mantendo o discurso de redução das desigualdades sociais.


MEMBROS DA BANCA: 
Externo ao Programa - 1152673 - DALVA VALENTE GUIMARAES GUTIERRES
Interno - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Presidente - 3153596 - ODETE DA CRUZ MENDES

 

DATA: 05/09/2018
HORA: 10:00
LOCAL: campus cameta
TÍTULO:

SABERES SOCIAIS E PRÁTICAS DE RESISTÊNCIA IDENTITÁRIA: O Trabalho em Comunidade Quilombola no Nordeste Paraense


PALAVRAS-CHAVES:

Trabalho, Saberes, Capitalismo, Identidade, Quilombolas.


PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Este estudo versa sobre a inter-relação dos saberes sociais e práticas de resistência identitária em comunidade quilombola do nordeste paraense, tendo o trabalho como categoria nuclear para compreender os processos de resistências às metamorfoses no mundo do trabalho operadas pelo capital a partir da década de 1970 nas dimensões das relações sociais enquanto: modo de produção, organização, saberes e identidade, no contexto da Comunidade Quilombola Tambaí-açú – Mocajuba/PA. Para esta investigação da resistência quilombola, optamos pela mediação do saber social do trabalho e as transformações operadas pelas necessidades do capital, a fim de compreender como os povos de comunidades tradicionais constroem saberes de resistência que lhes possibilitam criar a identidade enquanto fração de classe. Trata-se de uma abordagem qualitativa pautada no materialismo histórico-dialético e análise de conteúdo com base em coleta de dados através de observações, anotações de campo e entrevistas não-diretiva. Está articulada teoricamente no referencial baseado em Marx(1991, 2007, 2009, 2011, 2013), Engels (1975,1999), Saviani (1994,2007, 2011); Kosik (1967, 2002); Frigotto (2005,2010); Gramsci (1987,1989); Mészáros (2008, 2011); Antunes (2012), Organista (2009), Santos (1978,2001); Rodrigues (2012); Gomes (2006,2015); Dubar (2006); Bogo (2010); Schwartz (2005, 2010, 2011); Thompson (1984); Tiriba (2001); Fischer (2009); Michelat (1985); Minayo (1994); Triviños (1987); Franco (2008); Bardin (1977), dentre outros. As questões norteadoras para a construção desta pesquisa averiguam: I) Qual a relação entre saberes identitários e as metamorfoses do mundo do trabalho operadas pelo capitalismo a partir da década de 1970? II) Como as comunidades quilombolas foram impactadas com a centralidade do trabalho na lógica do mercado a partir da década de 1970? III) De que forma os saberes identitários dos quilombolas resistiram frente à tentativa de homogeneização produtiva-cultural operada pelo capital a partir da década de 1970? Os resultados parciais apontam que a categoria trabalho é “antes de tudo, um processo entre o homem e a natureza, processo este em que o homem, por sua própria ação, medeia, regula e controla seu metabolismo com a natureza.” (MARX, 2013, p. 326), ou seja, é através do trabalho que nos tornamos o que somos, que nos tornamos comunidade, que nos tornamos seres sociais e, portanto, históricos. As análises indicam que o ato permanente de transformações do trabalho e da construção da educação fazem com que homens e mulheres criem saberes, dentre estes os saberes identitários de resistência. Assim percebe-se nas falas dos informantes, o significado da prática de trabalho mutirão/convidado, e que este os definiu em organização como comunidade. Os dados apresentam que as evidências se encaminham à confirmação da hipótese deste estudo, pois o trabalho os define como ser social, assim como o legado de Marx (2009) que à medida que o homem transforma a natureza em favor de suas necessidades ele transforma a si mesmo no ato contínuo do educar (- se). No entanto com a travessia de segunda ordem do capital (TIRIBA;FISCHER, 2015), operada através da implantação do monocultivo da pimenta-do-reino em Mocajuba/PA, a resistência identitária passou a indicar que mesmo com a divisão do tempo entre o trabalho nos pimentais e o trabalho na roça, percebe-se que os povos de comunidades tradicionais, têm vivido majoritariamente na centralidade do trabalho, ou seja, tem vivenciado o trabalho na sua forma onto-histórica. A partir do trabalho aprenderam e aprendem todos os dias a ser além de homens e mulheres, a serem comunidade, construindo juntos a base econômico-cultural (TIRIBA;FISCHER, 2015) do povo quilombola. Esse é o percurso do caminho deste estudo (em andamento) com busca pelo aprofundamento empírico-teórico de categorias como trabalho-educação, as metamorfoses do mundo do trabalho, relações de comunidade quilombola, frações de classe, experiência, saberes sociais, saberes identitários de resistência


MEMBROS DA BANCA: 
Interno - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Presidente - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES
Externo à Instituição - LIA TIRIBA

DATA: 28/08/2018
HORA: 10:00
LOCAL: CAMPUS CAMETA
TÍTULO:

ARTE-CURRÍCULO: EXPERIMENTAÇÕES ARTISTICAS COM ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA


PALAVRAS-CHAVES:

Arte. Currículo. Experimentação.


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta pesquisa trata sobre a arte-currículo do ensino fundamental, dando ênfase ao desenvolvimento de experimentações artísticas como práticas de ensino nas aulas de artes, em que permite ao estudante experimentar a arte pela dimensão ético-estético-criadora. Arte ligada à vida enfatizada por Friedrich Nietzsche em “O nascimento da tragédia”. Nessa perspectiva tem como objetivo problematizar o currículo do ensino fundamental pela lente da arte no sentido de pensar a arte para além de uma função instrumental e/ou pedagógica e experimentar direções outras que possibilite a abertura para o despertar de potências criativas por meio de experimentações artísticas em espaços de aprendizagens. Para tanto, dialoga com o pensamento filosófico de Nietzsche (2002, 2007, 2008, 2011,), Deleuze e Guattari (1992) para trabalhar com os conceitos de transfiguração e experimentação, além de autores das teorias pós-críticas de currículo como: Meyer e Paraíso (2012), Silva (2011), Oliveira (2012), Costa (2003), Corazza (2010), para tratar da relação arte-currículo na perspectiva da diferença. Para acompanhar os processos, movimentos e acontecimentos, optou-se por fazer uso da cartografia enquanto método de pesquisa baseado nos estudos de Virgínia Kastrup (2015), por entender que nesse percurso de investigação não se busca revelar algo, mas, acompanhar cada passo, cada movimento.   Com isso, evidencia-se na pesquisa o aspecto processual do currículo e seus desdobramentos nas aprendizagens dos alunos dando passagem, fluxos à criação, à afetação no ensino da arte na escola básica.


MEMBROS DA BANCA: 
Interno - 2298298 - GILCILENE DIAS DA COSTA
Externo ao Programa - 2124568 - IVONE MARIA XAVIER DE AMORIM ALMEIDA
Presidente - 2299112 - JOSE VALDINEI ALBUQUERQUE MIRANDA

 

DATA: 05/09/2018
HORA: 10:00
LOCAL: campus cametá
TÍTULO:

SABERES DO TRABALHO E FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DAS MULHERES NEGRAS DO SÃO BENEDITO DO VIZEU / MOCAJUBA – PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Mulher negra. Saberes, Identidade, Trabalho, Experiência, etc.


PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A presente pesquisa em andamento traz a investigação da formação indenitária da mulher negra na comunidade remanescente de quilombos do São Benedito do Vizeu no município de Mocajuba nordeste do estado do Pará, a partir da sua relação com os saberes do trabalho nas atividades produtivas que essas participam. A dissertação em questão é apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura da UFPA/Campus de Cametá, linha de pesquisa: Educação Básica, Tecnologias, Trabalho e Movimentos Sociais na Amazônia. As reflexões tomam como norte a constituição da identidade da mulher negra diante dos saberes do/no trabalho que essas participam a vida toda, levando em consideração a sua relação com o sistema capitalista. Nisso consideramos que a constituição dos saberes do trabalho contribui para a formação da identidade em vários momentos da formação dessa mulher uma vez que o trabalho é uma categoria fundante para a formação e a manutenção da vida. A pesquisa ainda se revela dentro do método materialismo histórico-dialético diante das contradições e mediações a partir do princípio da totalidade, mediante a própria relação do trabalho e a própria constituição de saberes do trabalho que formam a identidade feminina no Vizeu numa relação direta com elementos do capitalismo. Destaca-se ainda, que a presente pesquisa apresenta uma abordagem de base qualitativa que objetiva identificar como os saberes do trabalho desenvolvidos pelas mulheres negras da comunidade de Vizeu vem se constituindo historicamente diante do capitalismo. Para isso empregou-se como instrumento de coleta de dados, a entrevista semiestruturada e para tabulação e interpretação dos dados buscou-se junto à análise de conteúdo entender diante das vozes dessas mulheres como vem se constituindo a identidade nessa relação direta que as mesmas têm com o trabalho. A priori, os resultados da pesquisa traçam uma discussão metodológica e teórica sobre a constituição de gênero, a relação da mulher com o próprio trabalho onde essa aprende diante de saberes da experiência herdadas junto as múltiplas relações que se envolvem durante toda a vida por isso, apontamos nesse momento as categorias gênero, trabalho, saberes, experiências e identidade. Ainda apresenta-se nas falas dessas mulheres que a educação formal foi de pouca contribuição para sua formação, pois a escola durante muitos anos funcionou até a terceira série do ensino fundamental, quarto ano, e nos dias atuais ainda está bem atrasada porque apresenta turmas até quinto ano, antiga quarta série, mostrando dessa forma ainda um retrocesso da educação e com isso a mulher aprendeu a sobreviver no/ pelo trabalho, uma vez que sobreviviam das atividades extrativistas como a colheita do leite de seringueira, do trabalho com a pimenta-do-reino, hoje a com a produção da farinha, pesca e outras atividades como a de docência e apoio escolar. Partindo dessa análise constatou-se, em caráter preliminar que o próprio trabalho é o princípio educativo, já que as mulheres negras aprendem e desenvolvem seus saberes constituindo sua identidade junto ao trabalho, isto é, o trabalho nesse contexto é uma fonte que apresenta saberes socialmente construídos e estes são construções de conhecimentos para essas mulheres.


MEMBROS DA BANCA: 
Interno - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Externo ao Programa - 2153549 - DENISE MACHADO CARDOSO
Presidente - 2321894 - DORIEDSON DO SOCORRO RODRIGUES