DATA: 17/08/2018
HORA: 10:00
LOCAL: Prédio Orlando Cassique - UFPA Cametá
TÍTULO:
A SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA CONSTITUIDA NAS RELAÇÕES EM SALA DE AULA MEDIADA PELO CONHECIMENTO: UM ESTUDO NA PERSPECTIVA DE L. S. VIGOTSKI

PALAVRAS-CHAVES:
Criança, Conhecimento, Desenvolvimento, Subjetividade.

PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Ensino-Aprendizagem
RESUMO:
Esta pesquisa traz um estudo na perspectiva de L. S. Vigotski para compreender como as relações de conhecimento na sala de aula vêm contribuindo na constituição da subjetividade da criança. Trata-se de uma metodologia de cunho qualitativo, do tipo etnográfica, cujas técnicas utilizadas para coleta de dados estão organizadas na observação participante e registro em diário de campo, sendo as análises realizadas através de narrativas de episódios. Empiricamente, a pesquisa vem se concretizando na turma do 4° ano do ensino fundamental em uma escola pública do município de Cametá/PA. Como suporte teórico, tem sua base nas contribuições de L. S. Vigotski e seus colaboradores. A partir do aprofundamento bibliográfico, compreendemos que o indivíduo não se constitui em uma unidade biológica apenas, mas também em uma unidade histórica, porque leva em seu caráter as características do desenvolvimento sociocultural, das quais a linguagem é constitutiva. A criança, assim, desde os primeiros momentos de vida, começa a fazer parte de um mundo constituído de significações e, conforme começa a vivenciá-lo e a se relacionar socialmente com o meio e com as práticas culturais desenvolvidas historicamente, compreende seus significados e produz sentidos, dando início à formação de sua consciência e, por conseguinte, daquilo que entendemos como subjetividade. Partindo dessa perspectiva, a escola, enquanto um ambiente sociocultural, tem um papel imprescindível na constituição da criança, pois na interação em sala de aula ela passa a vivenciar um contexto mais amplo de significações, de conhecimento elaborado cientificamente, que proporcionarão o desdobramento de suas funções superiores, criando, com isso, possibilidades de autorregulação de suas atividades, de ação e pensamento, dando forma a processos que se tornam fundamentais no seu desenvolvimento. Os resultados iniciais evidenciam que, nas tramas das relações em sala de aula, mediadas pelo conhecimento, o professor, como o outro mais experiente, conduz a criança à apropriação dos significados, que a fazem pensar, a agir, a perceber o mundo, os outros e si mesma. Em meio a esse processo constitutivo, vai imprimindo marcas que a configuraram em sua singularidade, reconstruindo os significados e criando múltiplas possibilidades de sentido. Evidenciamos que, nessas relações intersubjetivas desenvolvidas em sala de aula, a criança não aprende apenas a elaboração conceitual dos conhecimentos científicos, mas também o sentido das emoções afetivas, que são expressas em sua maneira de amar, de sentir prazer, amor, alegria, raiva, tristeza etc.

 

MEMBROS DA BANCA: 
Interno - 2298298 - GILCILENE DIAS DA COSTA
Externo à Instituição - LENICE HELOÍSA DE ARRUDA SILVA
Presidente - 2181917 - RAIMUNDO NONATO DE OLIVEIRA FALABELO
Externo ao Programa - 1152892 - SONIA REGINA DOS SANTOS TEIXEIRA